Bandeira Amarela limita em uma pessoa a cada nove metros quadrados. Categoria quer trabalhar com 50% da capacidade das casas
O novo decreto da Prefeitura possibilitou a reabertura de bares em Curitiba, no entanto, as restrições na normativa tornam as atividades do setor inviáveis. A denúncia é da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), que entrar na Justiça para garantir a isonomia com os demais segmentos econômicos da capital.
De acordo com a normativa, que estabeleceu a Bandeira Amarela enquanto durar a pandemia do novo Coronavírus, os bares podem funcionar até às 23h, respeitando o limite de capacidade de uma pessoa a cada nove metros quadrados e sem música ao vivo. Para o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, as medidas tornam inviável o funcionamento.
“Nós não achamos justo o novo decreto, pois gostaríamos de trabalhar com 50% da capacidade do ambiente para torná-lo viável, igual o transporte coletivo”, disse Aguayo, em vídeo nas redes sociais. “Gostaríamos de horário sem restrições ou pelo menos até meia noite, não podemos abandonar os músicos que estão passando fome sem trabalho”.
Festas clandestinas
O presidente da Abrabar questiona ainda a Prefeitura de Curitiba, sobre as festas clandestinas que acontecem sem qualquer norma de segurança física e sanitária. “Vários locais clandestinos estão fazendo a festa”, ressaltou ele, que pediu também a liberação para a volta dos buffets em autoatendimento.
“Infelizmente, como não mudou para igual como foi da primeira vez, lá atrás de bandeira Amarela, nós decidimos com isso ir para justiça questionar em alguns pontos, especialmente por novamente não tratar do plano de retomada de atividades suspensas de nossa categoria”, comentou Aguayo.
O setor de gastronomia e entretenimento é o que mais gera emprego nas atividades turísticas. De acordo com acompanhamento da Abrabar, em todo o estado, mais de 150 mil estabelecimentos foram afetados pela crise econômica provocada pela pandemia do novo Coronavírus.