A Polícia Federal realiza hoje (quata-feira, 21) a Operação “O Quinto Ato”, que investiga esquema de corrupção na liberação de licença ambiental para a instalação do Porto Pontal Paraná (3P), terminal portuário privado que um rico empresário pretende construir no município de Pontal do Paraná.
De acordo com a PF, o esquema ocorreu entre os anos de 2014 e 2015, com o “pagamento de vantagens indevidas para fins de intervenção junto ao Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]”.
O Porto Pontal do Paraná ganhou a mídia nacional nestas eleições, com a decisão do seu proprietário, João Carlos Ribeiro, em lançar-se candidato a prefeito. Com uma fortuna declarada de R$ 1,5 bilhões, ele é o único bilionário em todo o Brasil a se candidatar nas eleições deste ano.
Um dos alvos é o senador Fernando Collor (PROS-AL). A investigação é um desdobramento da Operação Politeia, deflagrada pela PF em 2015. Na ocasião, segundo a PF, “os policiais identificaram que bens de luxo pertencentes a Collor teriam sido pagos por empresários interessados em sua atuação política em órgãos federais”. Ainda de acordo com a Polícia Federal, “também há indícios de pagamentos em espécie”.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão e determinado o bloqueio de valores financeiros. As ações acontecem nas cidades de Curitiba, Pontal do Paraná, Gaspar (SC) e São Paulo (SP).
O nome da operação, O Quinto Ato, é uma referência ao rastreamento financeiro feito pela PF a partir do pagamento da quinta parcela de um jato executivo adquirido pelo parlamentar. Collor ainda não se manifestou sobre a operação. José Carlos Ribeiro e o Porto Pontal Paraná também não.
Por: Correio do Litoral