Acordo prevê controle militar em área ambiental do lado paraguaio da Itaipu

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Foto: Itaipu Paraguai

A área ambiental da Itaipu, no lado paraguaio da binacional, será controlado pelas forças militares. É o que prevê um acordo assinado nesta quarta-feira (04) entre a empresa e as Forças Militares do país, semelhante ao firmado com o Exército no lado brasileiro do reservatório da usina. As ações terão a abrangência de um trecho de conservação formado por aproximadamente 87 mil hectares.

O patrimônio natural das áreas da Itaipu são a maior reserva biológica do Paraguai e constitui os remanescentes da Mata Atlântica do Alto Paraná (BAAPA), ressalta a assessoria de imprensa da empresa. A ação, envolvendo a Diretoria Executiva da Binacional, Ministério da Defesa e Comando das Forças Militares, vai fortalecer a segurança no entorno da usina hidrelétrica.

Com o acordo, as tarefas de controle, vigilância e prevenção de atividades ilícitas por água, terra e ar serão redobradas, principalmente na área do reservatório e reservas naturais, informa a assessoria da Itaipu no Paraguai. Nos últimos meses, foram registrados desmatamentos, queimadas de pastagens, incêndio criminoso, transporte ilegal de produtos em portos clandestinos, entre outros eventos.

União necessária

Juan José Casaccia, Superintendente de Segurança Empresarial da Itaipu, afirmou que a vasta extensão de áreas protegidas requer um trabalho conjunto com unidades militares, com vistas a proteger o patrimônio da Entidade e do país. 

Por exemplo, especificou que, se forem detectados portos clandestinos, as provas serão recolhidas e apresentadas aos órgãos competentes, como Ministério Público, Polícia Nacional ou Prefeitura Naval.

Ele acrescentou que a Itaipu é responsável por fornecer todo o apoio logístico para o desenvolvimento das atividades, bem como a coordenação e fiscalização junto às Forças Militares, por meio da Superintendência de Segurança Empresarial. 

A partir de agora, 73 soldados do Exército, Força Aérea e Marinha passarão a ocupar suas bases de operações para iniciar os patrulhamentos. Todos possuem meio de transporte próprio para realizar as tarefas, enfatizou Casaccia.

“Vamos colocar todos os nossos esforços para tentar cumprir a missão da melhor maneira possível”, destacou o superintendente de Segurança da Itaipu. Que completou: “Eu acredito que este esforço é nobre, justo e patriótico. Acompanharemos as Forças Militares no cumprimento de sua missão”.

Contexto

O acordo entre a Binacional e as instituições militares passou a valer com a assinatura da Ordem de Início de Serviços, aprovada pela Diretoria Executiva Administrativa, por despacho do diretor-geral paraguaio da Itaipu, Ernst Bergen. O prazo previsto para o desenvolvimento das atividades é de 12 meses.

O orçamento total estimado de aporte da Itaipu para esta cooperação, é de aproximadamente R$ 6 milhões. Na margem brasileira, a binacional assinou acordo semelhante com o Exército, em setembro deste ano, para combater os crimes transnacionais e ambientais em suas áreas de proteção.

O portal do jornal Última Hora destaca que o Centro Integrado de Operações de Fronteira, que sedia várias instituições de segurança do Brasil, sob coordenação do Ministério de Justiça e Segurança Pública, funciona desde o ano passado no Parque Tecnológico da empresa no lado brasileiro.

Por: GDia

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