A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo já ofertou a castração de 10.977 animais domésticos em 34 municípios paranaenses através do Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos, iniciativa inédita no País. Os procedimentos iniciaram em julho de 2020 e as atividades do ano finalizadas na semana passada, em Matelândia, no Oeste do Estado.
O início da ação foi adiado devido à pandemia da Covid-19. Porém, a secretaria tomou todas as medidas necessárias para evitar o contágio nos eventos. As equipes orientaram sobre o distanciamento mínimo, uso obrigatório de máscaras, álcool em gel, entre outras medidas previstas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O objetivo do Programa é o controle populacional de cães e gatos no Estado e a prevenção de zoonoses. São atendidos especialmente pets de famílias que não têm condições de arcar com os custos de uma castração particular e animais de rua, dentro de critérios definidos pelos municípios.
O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Marcio Nunes, explica que os atendimentos veterinários são considerados serviços essenciais. “O atendimento médico para animais também é indispensável, mesmo neste período de coronavírus. Esta medida é uma forma de cuidar tanto dos pets quanto da nossa população”, afirma.
A iniciativa está no contexto da Saúde Única, que relaciona a saúde ambiental, animal e humana. Este tipo de ação visa, ainda, conscientizar a população sobre a importância da castração na saúde dos animais, prevenindo doenças como câncer e o abandono decorrente de ninhadas indesejadas, além de orientar sobre tutela responsável.
SAÚDE HUMANA
De acordo com o médico veterinário Gerson Ney de Oliveira Vianna, que participou do projeto, cuidar da saúde dos animais é uma maneira de tomar conta da própria população. “Quando não há o objetivo de reprodução do animal, a castração é extremamente benéfica, especialmente no controle de zoonoses, doenças que passam dos animais para os humanos, e vice-versa, de maneira natural, como carrapatos e raiva”, afirmou.
O veterinário destacou que o programa estadual também inclui orientações à população. “Quem leva seu pet para castrar recebe informações de cuidados gerais, alimentação, qualidade de vida e bem-estar, espaço adequado para o tipo de animal, sobre banho, visitas ao veterinário, vacinação, desvermificação”, disse.
Quem tem o pet atendido pelo projeto também recebe a medição e orientações do pós-operatório, de como fazer a limpeza do corte e o dia correto para a retirada dos pontos.
Foram investidos no projeto cerca de R$ 2,5 milhões, recursos de emendas parlamentares, na contratação de duas clínicas veterinárias e disponibilização de Unidades Móveis de Esterilização e Educação em Saúde (UMEES), veículo especializado para o atendimento itinerante, por meio de pregões eletrônicos realizados em 2019.
O recurso é destinado para atender, ao todo, 15 mil animais em 45 municípios. Em 2020, foram cerca de 11 mil procedimentos em 34 municípios. De janeiro a março de 2021, outras 11 cidades vão receber os serviços para fazer o procedimento em aproximadamente 4 mil cães e gatos.
NOVOS CONVÊNIOS
A secretaria estadual já promove novo processo de chamamento e abertura de licitação para o segundo ciclo do Programa de Castração. Mais 69 municípios serão atendidos nesta nova fase, com investimento de R$ 2,24 milhões. A meta é que, até 2022, cerca de 60% dos municípios do Paraná tenham recebido as Unidades Móveis para castração dos animais.