Prefeitura revoga decreto de intervenção do transporte coletivo de Foz do Iguaçu

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A partir deste sábado (30), as linhas voltaram a ser operadas pelo Consórcio Sorriso

O Consórcio Sorriso voltou a operar as linhas do transporte coletivo em Foz do Iguaçu a partir deste sábado (30).

O decreto de intervenção da Prefeitura foi revogado, após intenso trabalho para reestabelecer o pleno funcionamento do sistema.

Em nota, o Consórcio Sorriso deu sua versão sobre o período de intervenção municipal na operação do serviço (a íntegra da manifestação está abaixo).

De acordo com a Prefeitura, desde que iniciou a intervenção, houve a adição de 12 novos ônibus, 65 novas viagens, contratação de 34 cobradores e motoristas, além do pagamento dos salários atrasados e benefícios, como o 13º, desses trabalhadores.

Com a volta da operacionalização por parte do Consórcio Sorriso, a Prefeitura agora vai atuar, por meio do Foztrans – Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu, no monitoramento e fiscalização para garantir que as novas linhas implantadas não sejam retiradas e para que não haja retrocesso em relação às medidas tomadas durante a intervenção.

De acordo com o prefeito Chico Brasileiro, o objetivo da intervenção, de fazer com o sistema operasse com mais ônibus e linhas, além de garantir a segurança dos usuários com a sanitização dos veículos para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, foi atingido. Os veículos estão sendo rotineiramente higienizados no Terminal de Transporte Urbano (TTU) com quaternário de amônia.

Também foi atendida a reivindicação dos trabalhadores para fosse aceito novamente o pagamento em dinheiro nos ônibus, o que possibilita que turistas e outras pessoas que não possuem o Cartão Único possam utilizar o transporte coletivo.

A opção pelo fim da intervenção decorreu ainda do ganho de uma ação na Justiça por parte da empresa para que a Prefeitura assumisse os investimentos em compras de novos ônibus. O município entende que este é um investimento privado, e que é inaceitável que estes custos sejam arcados pelos cofres públicos.

De acordo com o diagnóstico da intervenção, o maior problema enfrentado pelo transporte coletivo no município atualmente é a quantidade reduzida de passageiros. Antes da pandemia, 135 ônibus atendiam cerca de 60 mil passageiros. Atualmente, são 80 ônibus que atendem apenas 20 mil passageiros por dia, incluindo passageiros isentos. O movimento cai ainda mais nos finais de semana.

Porém, com o início da vacinação contra a Covid-19 no município, desde a última semana, e com a volta às aulas, a previsão é que haja aumento da demanda de usuários.

“NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O TRANSPORTE COLETIVO DE FOZ

Concessionário do serviço de transporte urbano de Foz do Iguaçu, o Consórcio Sorriso vem a público esclarecer os fatos e ações sobre o decreto municipal que novamente encerrou a intervenção no sistema.

Primeiramente, cabe ressaltar que desde de início da pandemia da COVID-19 o Consórcio Sorriso, para suportar os prejuízos que vem acumulando em decorrência das restrições determinadas para conter a disseminação do novo coronavírus, tem buscado obter um auxílio financeiro do poder público de forma perene, a fim de manter o mínimo possível de veículos em operação.

É bem verdade que o Poder Público não se dispôs a construir um plano de ajuda que pudesse garantir o funcionamento da operação até a retomada do crescimento da economia e a volta do volume de passageiros aos níveis normais.

Para se ter uma ideia, o sistema, que antes da pandemia transportava cerca de 67 mil pessoas por dia, hoje não atende sequer 27 mil.

Em 02/12/2020, o Poder Público, entendendo equivocadamente que o Consórcio Sorriso não cumpria as determinações do FOZTRANS e acreditando que a medida extrema iria solucionar os problemas da operação, achou por bem fazer a intervenção no sistema sem ouvir e nem dar atenção aos relatórios das empresas prestadoras do serviço.

Ocorre que passados 60 dias em que esteve à frente do Transporte Coletivo da nossa cidade, o Poder Público teve o real conhecimento da situação e, principalmente, da ausência de RECEITAS DE PASSAGEIROS para pagar os custos operacionais.

Agora, ciente da gravidade da situação, simplesmente revoga o decreto de intervenção como se a resposta estivesse nas mãos das empresas.

Apesar da falta de sensibilidade das autoridades, o Consórcio Sorriso seguirá cumprindo sua missão de operar o transporte dentro do limite financeiro do contrato.

Caso o Poder Público não viabilize um plano de auxílio, o Consórcio comunica desde já que fará a operação conforme a capacidade financeira das receitas que vierem a ser obtidas.

Agradecemos imensamente aos nossos usuários, pedimos a compreensão de todos para o momento adverso que estamos enfrentado e aguardamos do Poder Público uma solução definitiva para as dificuldades.

Consórcio Sorriso
30 de janeiro de 2021″

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