Os prefeitos paranaenses afirmam em uníssono que os sistemas públicos de saúde estão no limite à beira de um colapso. Tanto do ponto de vista físico (espaços nas unidades de saúde e hospitais), materiais (equipamentos, leitos, etc), de insumos (medicamentos, artefatos de proteção individual) e humano (faltam médicos, enfermeiros, etc), além do alto custo de toda essa estrutura, o qual na sua maior parte sai dos cofres municipais.
O caso de Foz do Iguaçu é um exemplo bem típico que ocorre na maioria das cidades de grande a pequeno portes. O custo- covid chega atualmente a R$ 6,5 milhões mensais à prefeitura e que podem ter ultrapassado a R$ 60 milhões neste um ano de pandemia. Trata-se apenas dos leitos-clínicos e leitos de UTI mais as estruturas construídas e dispostas para o atendimento da covid-19.
“É uma situação limite, os custos são muito altos, as equipes de saúde estão extenuadas, mesmo assim mantém um padrão excelente de qualidade no atendimento. Estão fazendo todos os esforços com o único objetivo: salvar vidas. Mas neste momento é imperioso evitar as aglomerações, manter o distanciamento social e as medidas de higiene como lavar as mãos e usar máscaras. Só vamos vencer essa guerra com o apoio e colaboração de todos, com muita disciplina porque a praga desse vírus já não escolhe mais idade e nem classe social”, disse o prefeito Chico Brasileiro (PSD).
Leitos de enfermaria – O governo estadual repassa mensalmente R$ 483,6 mil como auxílio ao custeio dos 52 leitos clínicos, o que equivale a R$ 300 por dia. O hospital municipal Padre Germano Lauck tem hoje 67 leitos clínicos, valor diário de cada leito é de R$ 1.382,74 e a prefeitura ainda não recebeu o repasse de fevereiro.
Portanto a contrapartida diária do Município é de 1.082,74 por leito. O município banca sozinho 15 leitos – são R$ 20.741,10 diariamente, mais 56.302,48 (da contrapartida aos R$ 300 recebidos pelo Estado). O custo diário da prefeitura com leitos clínicos é de R$ 77.043,58, o que dá uma média mensal de R$ 2.311.307,40.
Já o governo federal repassa R$ 1,6 mil por leito exclusivo para covid habilitado. A Secretaria Municipal de Saúde recebeu os repasses referentes a dezembro e janeiro correspondente a 40 leitos exclusivos. O Município pediu recentemente a habilitação de mais 10 leitos exclusivos, para completar 50 exclusivos, mas ainda não recebeu a resposta do Ministério da Saúde. “Não recebemos ainda os valores de fevereiro e não sabemos ao certo quanto iremos receber, pois há uma cogitação de que pode ser reduzido o valor do repasse. Isso vai depender do governo federal”, disse a secretária Rosa Jeronymo.
As informações são de GDia