Secretária da Educação de Foz do Iguaçu defende o retorno das aulas presenciais com todos os protocolos de segurança

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Durante audiência pública, Maria Justina da Silva deu detalhes das medidas de prevenção a Covid adotadas nas escolas; retorno no modelo híbrido está previsto para o dia 28 de junho

O retorno das atividades presenciais na rede pública de ensino foi defendido pela secretária municipal de educação, Maria Justina da Silva em audiência pública na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (21).

O debate atendeu ao requerimento de autoria da vereadora Yasmin Hachem e contou com a presença do gerente da Vigilância Epidemiológica, Roberto Doldan, além de vereadores, profissionais da educação e representantes de sindicatos.

A volta as aulas no modelo híbrido na rede municipal está prevista para o dia 28 de junho, de forma escalonada até 12 de julho, para alunos dos 1º aos 5º anos das escolas e turmas de Infantil 4 e 5 dos CMEIs (Centros Municipal de Educação Infantil). Na rede estadual, o retorno começou nesta segunda-feira (21) com 30% da capacidade de público de cada escola; e seguirá com aumento dessa capacidade de forma gradativa até chegar aos 70%, no dia 5 de julho.

Durante a audiência, a secretária de Educação respondeu a diversos questionamentos das categorias sindicais e da população em geral, e detalhou todas as medidas de segurança adotadas pelas instituições de ensino. “Sempre levamos em consideração a situação da pandemia no município, os protocolos de segurança e adquirimos todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários. Desde o ano passado as escolas e CMEIs estão equipadas. Também ofertamos formações a todos os profissionais da educação sobre os protocolos de segurança”, disse Maria Justina.

Além do uso obrigatório de máscaras, os alunos devem fazer a higienização frequente das mãos com álcool em gel, terão a temperatura aferida na entrada das escolas e devem manter o distanciamento de um metro e meio entre as carteiras.

Justina também lembrou do projeto-piloto com cinco escolas municipais, que retomaram as atividades no dia 03 de maio, e ressaltou a importância da vacinação nos profissionais da educação. “Monitoramos, junto com as equipes da saúde, o retorno das atividades nestas cinco escolas, testando todos os alunos e profissionais. Nas cinco unidades, não tivemos nenhum caso de profissional positivado e dois alunos positivados não chegaram a frequentar as unidades. Vimos uma organização muito grande, e dessa forma, acreditamos que todas as instituições estão preparadas para este retorno, sempre com a máxima segurança”, afirmou a secretária.

“Outro fator importante é a vacinação contra a Covid no município. Já são mais de 7 mil trabalhadores da educação vacinados com a primeira dose em Foz e logo todos estarão imunizados”, completou.

Prejuízos

Afastadas das salas de aulas há mais de um ano, as crianças foram duramente impactadas pela pandemia. Por isso, além da questão pedagógica, os profissionais da educação terão pela frente um grande desafio: trabalhar o acolhimento e a afetividade dos estudantes. “Observamos uma grande necessidade de organizar o planejamento para recuperar o tempo que eles ficaram com as atividades remotas. Mesmo com todo acompanhamento, é muito difícil trabalhar com crianças na idade de alfabetização de forma não presencial. Temos um grande desafio pela frente para retomar o trabalho pedagógico, com afeto e empatia”, disse Justina.

Saúde

Roberto Doldan, enfermeiro e gerente da Vigilância Epidemiológica apresentou dados da Covid-19 no município e resumos de artigos científicos que apontam a segurança das instituições de ensino.

“As escolas não foram identificadas como ambientes de supercontágio, quando seus dados foram comparados com os níveis regulares de transmissão da comunidade como um todo. Dados de reabertura das escolas em 191 países não mostram associação entre o status escolar e as taxas de transmissão da Covid na comunidade”, apontam relatórios selecionados pelo Unicef.

“Uma revisão sistemática de 47 estudos publicados sobre a transmissão de crianças para adultos descobriu que o risco de transmissão partindo das crianças, especialmente para os idosos, era relativamente baixo. Outros dados mostram que pessoas menores de 18 anos representam 8% de todos os casos notificados de Covid”, apontou Roberto.

A reabertura ou o fechamento das escolas continuam condicionadas ao cenário epidemiológico do município – hoje com queda na média móvel de casos. “Acreditamos que com o retorno gradativo e monitorado, teremos segurança no trabalho presencial, sempre levando em consideração a segurança das nossas crianças e profissionais da educação”, finalizou Justina.

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