O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) reafirmou nesta segunda-feira, 6, que seu partido tem compromisso de apoiar a reeleição do governador Ratinho Junior (PSD) nas eleições de 2 de outubro de 2022. Segundo ele, a posição é de conhecimento da direção nacional da legenda, que aprovou a aliança.
“Estivemos em Brasília e com a aprovação da direção nacional, estabelecemos que vamos estar juntos em 2022”, disse Romanelli. “Entendo que o caminho natural agora é trabalhar pela reeleição do governador Ratinho Junior. O projeto que ele propôs está sendo executado. É uma pessoa que tem o pé no chão e dialoga com todos. Acho que esse é o momento do Estado”.
Segundo Romanelli, o diretório estadual do PSB deve se posicionar contra a participação do partido na chamada federação partidária, que uniria várias siglas e todos teriam que respeitar decisões verticalizadas. “A federação partidária criaria um problema objetivo em relação a esse entendimento que tivemos no Paraná”, entende o deputado. “Eu vou me manifestar contra”.
Alckmin – O deputado também falou sobre a possibilidade do ex-governador paulista Geraldo Alckmin se filiar ao PSB e concorrer como vice na chapa de Lula à presidência da República. “Gosto muito da ideia de trazê-lo. Essa aliança é polêmica, mas ela dá um sinal muito interessante da construção de um governo de centro-esquerda”, avalia Romanelli. “O Brasil precisa ter pessoas com capacidade de diálogo e interlocução”.
Segundo Romanelli, a tendência da política mundial é a construção de alianças que permitam estabelecer consensos. “Os países caminham para governos mais de centro, onde se busca construir consensos e é necessário que nós façamos isso”, entende ele. “Num outro plano, nós já percebemos que a extrema direita não deu certo nem no Brasil e nem no mundo”.
Moro – Na entrevista para a rádio Jovem Pan, Romanelli também comentou a entrada do ex-juiz Sérgio Moro na disputa eleitoral. “A candidatura do Moro desestabilizou o cenário político e eu já falava isso há muito tempo”, pontuou o deputado. “Acho que o Moro é um fato novo na política, que pode tirar o Bolsonaro do segundo turno. Isso se o ex-presidente Lula não ganhar eleição ainda no primeiro turno”.