Operação da Receita Federal mira o contrabando e venda ilegal de cigarros eletrônicos em Foz

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Uma operação deflagrada ontem (14) pela Receita Federal colocou em xeque o contrabando e a venda ilegal de cigarros eletrônicos, os famosos vaps, em diversas regiões do Brasil. A ação, batizada de Ruyan, fiscalizou dois estabelecimentos em Foz do Iguaçu. Foram recolhidos cerca de R$ 1 milhão em cigarros e essências diversas.

Além da fronteira com o Paraguai, lojas nas cidades de Curitiba, Maringá, Ponta Grossa e Saranadi foram alvos da operação, que integrou ainda os estados da Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

No total, 199 servidores da Receita participaram das fiscalizações, que percorreram 122 estabelecimentos comerciais responsáveis pela venda e armazenamento de cigarros eletrônicos. Somente no Paraná foram vistoriados 20 locais, que resultaram em cerca de R$ 1,7 milhão em produtos ilegais apreendidos. As informações são de GDia

Os vaps são produtos que tem a importação proibida no Brasil, assim como sua comercialização ou divulgação por meio de propagandas. A determinação tem como base a resolução n° 46, de 28 de agosto de 2009, da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O valor de cada produto no mercado ilegal gira entre R$ 60 e R$ 620, podendo ter tamanhos variados. Alguns cigarros eletrônicos têm aspecto parecido com pen drives, o que, segundo a Receita Federal, facilita sua ocultação entre outras mercadorias e sua importação clandestina.

O nome Ruyan, dado à operação, significa em chinês “quase como fumaça” e foi o nome dado à primeira empresa que produziu cigarros eletrônicos na China e no Mundo. Outras ações semelhantes estão previstas, visando acabar com a circulação de produtos ilegais e prejudiciais à saúde.

Comércio clandestino

Mesmo com a importação proibida, o contrabando e a venda desse produto ocorrem de forma geral por todo o Brasil. Muitas ações para frear o crime em estabelecimentos físicos, como a Operação Ruyan, vêm sendo realizadas pela Receita Federal e demais órgãos. Entretanto, a parte mais difícil é acabar com a venda virtual.

De acordo com o mais recente balanço da Receita Federal, considerando os anos de 2020 e 2021, houve um crescimento de 600% nas apreensões de cigarros eletrônicos contrabandeados. Boa parte desse material entra ilegalmente no país pelo Paraná e pelo Mato Grosso do Sul.

Inicialmente, a ideia dos cigarros eletrônicos era reduzir o consumo do cigarro convencional, que causa inúmeros malefícios à saúde. Mas aos poucos o “acessório” caiu no gosto dos jovens, que fazem o uso indiscriminado dos aparelhos, associados a diversas substâncias. Além de ferir o comércio legal, a circulação deste tipo de produto oferece diversos riscos.

Riscos à saúde

Usuários de cigarro eletrônico têm 42% de chance a mais de terem um infarto do que aqueles que não fazem uso do produto. O alerta foi dado pela médica Stella Martins, em pesquisa realizada pela área de pneumologia do Hospital das Clínicas conduzido pela Universidade de São Paulo (USP).

Foto: Receita Federal 

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