Sindicato dos Transportadores Rodoviários considera fundamental a implantação do novo terminal multimodal para o comércio exterior do país
O presidente do SindiFoz, Rodrigo Atílio Ghellere, encaminhou nesta segunda-feira, 1º de agosto, ofício à Delegacia da Receita Federal em que pede informações sobre o andamento da licitação para a implantação do novo porto seco em Foz do Iguaçu. “Esta licitação trará grandes investimentos no curto prazo para Foz e região e será muito importante para o desenvolvimento da tríplice fronteira”, disse Ghellere.
O novo terminal multimodal que será implantado na Perimetral Leste, próximo a BR-277, prevê investimentos de R$ 172 milhões. Ghellere pediu detalhes a respeito do atual estágio e as “etapas vencidas e vincendas” quanto à licitação. “Temos grandes obras de infraestrutura no momento (segunda ponte, duplicação da Rodovia Cataratas e Perimetral Leste) e ainda termos o maior e mais moderno porto seco da América Latina”. disse o Presidente do Sindicato dos Transportes Rodoviários de Foz do Iguaçu e Região.
“Essa será mais uma grande obra que vai atrair investidores de todos os países e que também vai mudar a realidade da tríplice fronteira em termos de logística e para o comércio exterior”, completa.
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Hub logístico
As novas obras, segundo Ghellere, vão tornar a logística mais rápida, com velocidade e para liberações e recepções de importações e exportações. “São obras estratégicas e hoje, em qualquer mercado, as empresas e investidores buscam resultados mais eficazes e com baixo custo. E o que acontecerá em Foz será um dos marcos para para um novo ciclo de desenvolvimento”.
Para o SindiFoz, na área de logística, a tríplice fronteira vai se consolidar como um entrocamento aduaneiro do Mercosul. “Teremos ainda a construção do ramal da Ferroeste entre Foz do Iguaçu e Cascavel e caminhamos celére para nos tornar o hub logítico da América Latina”.
O porto seco de Foz do Iguaçu é o principal da América Latina, segundo dados da Receita Federal. Em 2021, quase 200 mil cargas de importação e exportação passaram pela estrutura, maior movimentação desde 2007. Em 2020, foram mais de 170 mil caminhões, transportando US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões).
Proposta
O plano das novas obras prevê um armazém de 3,5 mil metros quadrados, pátio pré-embarque de mais de 19 mil metros quadrados e pátio interno com área superior a 250 mil metros quadrados. O porto seco alfandegado vai permitir as operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias.
A fase atual está na confecção do Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica e Ambiental (EVTEA) já contratado pela Paraná Projetos, e que inclui ainda um EVTEA para a adequação do Terminal Ferroviário de Cargas de Cascavel. O SindiFoz considera que houve pequeno atraso alheio a vontade da Receita Federal, mas defende rapidez na implantação do novo terminal aduaneiro.