As recentes atualizações das Normas Regulamentadoras, em especial a NR1, cuja alteração principal é a implementação do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) pelas empresas, fez parte de uma capacitação organizada pela AEAC (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Cascavel) e CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná). Este foi o segundo evento do Ciclo de Cursos 2022, onde o tema contou com explanações de dois referendados profissionais de segurança no trabalho, Agnaldo Mantovani e Mônya Vitória.
O curso foi ministrado nos dias 24 e 25 deste mês, no auditório do Sinduscon Paraná Oeste, em Cascavel. Para participar, era preciso levar um quilo de alimento não perecível, cuja destinação será feita a uma entidade do município.
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (por meio de documentos físicos ou por sistema eletrônico), visando à melhoria contínua das condições da exposição dos trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e sistematizadas.
Veja também
- Após suspensão, Sanepar revoga licitação para ampliar rede em Foz
- Vazamento em botijão destrói lanchonete em Kombi na Vila A em Foz
- Rally dos Sertões dá a largada em Foz do Iguaçu rumo a Salinópolis, no Pará
Segundo Agnaldo Mantovani, o PGR nada mais é o que a lei já definia, desde a consolidação das leis do trabalho. “Existem artigos e capítulos da CLT que preveem cuidados com a saúde e segurança do trabalhador”. Para o engenheiro de segurança do trabalho, o diagnóstico é um bom caminho. “Eu falo sempre: o importante é trazer mais proximidade do que está acontecendo com o que existe no papel”.
Nas situações em que os processos destoam do planejado, é preciso realizar a correção, alterando-o para deixar em consonância com o documento. “Tudo é para facilitar o entendimento quando acontece algo”. Em casos de acidente, doença, agravo à saúde, comprometimento no meio ambiente ou em uma estrutura, o PGR é um documento a ser avaliado. É um descritivo técnico em tempo real, que precisa acontecer.
De acordo com o coordenador de Aprendizado e Inovação da AEAC, arquiteto Glaucio Bauer, a associação busca temas relevantes para garantir capacitação e atualização constante aos profissionais e à sociedade. “A escolha do tema PGR, que teve atualização recente das normas, ocorreu ante a preocupação da AEAC em apresentar esses parâmetros e dirimir todas as dúvidas ao público”.
No segundo dia do curso, a engenheira de segurança, Mônya Vitória, teve uma participação no evento, apresentando as principais ferramentas para as análises envolvendo identificação, avaliação de risco, monitoramento e plano de ação. “O curso proporcionou aos participantes a oportunidade de verificar se o PGR está ou não de acordo com as normas preconizadas”.
Um dos participantes do curso foi o engenheiro de segurança no trabalho, Wilson José Schiavinatto Junior, de Toledo. “A importância do PGR hoje, com a mudança das normas, já é percebida nos canteiros de obras”. Para ele, que está no mercado da construção civil há 27 anos, é fundamental o profissional conhecer o PGR para evitar contratempos indesejados e atuar de maneira legal, no tocante a não sofrer as sanções como uma obra paralisada por ausência de documento ou ação errônea.