Entidades pedem reconhecimento facial, inteligência policial e maior iluminação no Largo da Ordem
A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e a Associação Comercial do Paraná (ACP) cobram do Poder Público ações efetivas para evitar novas cenas de barbárie que marcaram as noites de Carnaval no Largo da Ordem, em Curitiba. É preciso investir em tecnologia de ponta e mais efetivo policial, defendem.
As entidades vão protocolar, ainda nesta quarta-feira (26), pedidos de informação na Prefeitura de Curitiba e no Governo do Estado. A intenção, segundo o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, é saber porque o serviço de inteligência da Guarda Municipal e a Polícia Militar não atuaram na prevenção.
A ação antecipada das autoridades poderia inibir a atuação de vândalos que agiram de maneira estruturada para atrapalhar a festa da maioria da população. “Não foi um fato isolado. Ocorreram festas clandestinas, marcadas na internet como ‘rolezinhos’ para atrapalhar quem queria se divertir”, alertou Aguayo.
A Abrabar atua para evitar acidentes ainda maiores nos próximos Carnavais, informou. “O Carnaval em Curitiba está crescendo, precisamos todos estar atentos. Com a crise, boa parte da população deixou de viajar e está curtindo as festas na própria cidade”, ressaltou o presidente.
Providências
As entidades irão pedir à Prefeitura medidas essenciais para a paz na região central da capital: o início do Programa Muralha Digital, com a implantação do reconhecimento facial no Largo da Ordem, e a melhora no sistema de iluminação, eliminando as áreas de penumbra. “Precisamos agir contra quem só pensa em tumultuar”, reforçou.
“Lamentável o vandalismo na nossa cidade”, comentou Camilo Turmina, presidente da ACP, que também apoia as providências. “Quando se reúnem em grupos, a exemplo de torcidas organizadas no futebol, uma parte da população vira manada, formando gangues da pior espécie”, disse.
“Só tem uma alternativa: policiamento proporcional à necessidade de manter a ordem pública”, afirmou Turmina. Que completou: “São favas contadas, proporcionalmente a cada número específico de cidadãos ou melhor delinquentes, um número proporcional de policiais”.
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