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Alta de preços da gasolina e até a passagem aérea impactam economia de Puerto Iguazú

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Foto: arquivo

Reajuste dos  preços dos combustíveis na Argentina pode afugentar consumidores brasileiros e paraguaios em Puerto Iguazú

A alta dos preços de produtos de consumos e serviços, ante a desvalorização do peso argentino em relação ao dólar, determinada pelo novo presidente Javier Milei, impacta diretamente na economia de Puerto Iguazú, município argentino unido à Foz do Iguaçu (Brasil) pela Ponte Internacional Tancredo Neves. Diariamente, milhares de turistas e moradores locais e das vizinhas Ciudad del Este e Presidente Franco (Paraguai) cruzam a fronteira em busca de preços mais baratos em alimentos, bebidas, combustível e até passagem aérea.

Destaca o GDia que o custo para abastecer o automóvel na Argentina, com real ou guarani, até a última semana, era em média 40% mais barato que nos postos de Foz do Iguaçu ou Ciudad del Este (Brasil e Paraguai). O combustível, nos últimos anos e com a alta da inflação no país vizinho chegando a 160% ao ano, se tornou um dos principais atrativos, especialmente para moradores da região da Tríplice Fronteira. A procura era tanta que se tornou comum faltar o produto nos postos de abastecimento de Puerto Iguazú e Wanda, esta última distante 40 quilômetros da fronteira.

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De acordo com a imprensa argentina, a YPF, companhia oficial de combustíveis semelhante a brasileira Petrobras, reajustou quase 36% o preço do litro de gasolina. O aumento veio horas depois nos postos de outras redes petrolíferas que atuam no país. Em média, o aumento foi acima de 29,1%, passando de P$ 485 (R$ 2,97) para P$ 659 (aproximadamente R$ 4,04). No caso do diesel, o Ultra Diesel aumentou de P$ 505 (R$ 3,10) para P$ 689 (cerca de R$ 4,22).

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O pacote anunciado por Milei também afetou o valor dos bilhetes aéreos no terminal aeroportuário de Puerto Iguazú. Uma passagem de Buenos Aires até o município, que na terça-feira (12) custava P$ 24 mil ( R$ 146), um dia depois já havia subido para P$ 54,9 mil (cerca de R$ 335,00), alta de 128,8%. Para Bariloche passou de P$ 39 mil (R$ 238,62) para P$ 54,1 mil (R$ 331,11

(aumento de 38,7%), para Salta de P$ 30 mil (R$ 183,54) para P$ 48,3 mil ( R$ 295,54 ) (61% a mais) e para Córdoba, de P$ 22 mil (R$ 134,66) para P$ 43,4 mil ( R$ 265,46)(97,3%).

Com a desvalorização, os preços das passagens aumentaram em média 50%, segundo agências consultadas pela imprensa, sendo alguns pouco acima de 30% e outros em torno de 90%. Algumas companhias aéreas suspenderam a venda de passagens aéreas no exterior e outras só permitiram a realização de reservas de passagens sem a realização do pagamento. Tanto para voos domésticos como internacionais, o aumento de preços foi de 50% em média, em apenas 24 horas.

Em Puerto Iguazú, de acordo com o El Territorio, a expectativa é que, com este aumento criado com as medidas do novo governo federal, haja uma redução na venda de combustíveis a estrangeiros, especialmente brasileiros e paraguaios, e o contrabando de bebidas e alimentos, “poderia ser consideravelmente reduzido, o que resultaria em filas mais curtas e menos escassez”, diz o jornal. Em dias de feriado, é comum filas acima de três horas para entrar ou sair no país, partindo de Foz do Iguaçu.

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