Política e sociedade

As canetas milagrosas

Claro, a matéria alerta que não é mágica. Precisa de acompanhamento médico, dieta equilibrada, exercício físico e — pasmem! — força de vontade
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Imagem: Reprodução

Outro dia, lá estava eu, folheando a nova edição da Revista Manchete — sim, ela voltou, e com mais botox do que certas socialites de Curitiba— quando dei de cara com a matéria sobre as famosas canetas emagrecedoras. Ah, as canetas! Não aquelas que a gente usava na escola para escrever “Cristina eu te amo” no caderno do colega, mas sim aquelas que prometem te transformar do “antes” para o “depois” sem precisar fazer 100 abdominais ou jurar que nunca mais vai comer pão com mortadela.

Lá estavam elas: semaglutida, tirzepatida, liraglutida… nomes que mais parecem conjurações mágicas de Hogwarts. E o efeito? Quase um feitiço: você injeta e, de repente, perde o apetite, emagrece, e ainda dizem que melhora o humor. Eu só queria saber onde estava essa caneta quando eu precisei caber naquela calça jeans que parecia feita sob medida para uma sardinha.

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Claro, a matéria alerta que não é mágica. Precisa de acompanhamento médico, dieta equilibrada, exercício físico e — pasmem! — força de vontade. Ora bolas! Então não é milagre, é só uma ajudinha. Igual aquele amigo que segura o copo enquanto você dança no casamento: não resolve sua vida, mas evita um vexame maior.

E tem mais! Descobri que o tal medicamento age no GLP-1, um hormônio do intestino que avisa o cérebro que já deu, pode parar de comer. Coisa que minha avó resolvia com um olhar atravessado na mesa do almoço. Muito mais barato, eficiente e sem efeito colateral além de um trauma leve.

Agora, cá entre nós, a obesidade é coisa séria, e a ciência está fazendo sua parte. Mas preciso confessar: estou esperando lançarem a caneta que elimina boletos, e não calorias. Essa sim faria fila na farmácia.

Por enquanto, fico com minha dieta sincera: cortar carboidrato até a próxima pizza; beber muita água (especialmente se for com gás e gelo) e caminhar — do sofá para a geladeira, mas já é alguma coisa.

Se um dia você me vir mais magro, elegante e radiante, não me pergunte se foi a caneta. Diga apenas: “Parabéns, Nello!” — e me deixe na ilusão.

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