Assistência Social recolhe mulheres e crianças paraguaias em ruas de Foz

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25 mulheres e 32 crianças foram entregues ao consulado paraguaio; 5 crianças desacompanhadas foram levadas ao Conselho Tutelar

A Secretaria de Assistência Social desencadeou, nesta sexta-feira (22), uma ação de combate à exploração do trabalho infantil em ruas e cruzamentos de Foz do Iguaçu. O alvo são mulheres que agem de forma organizada utilizando crianças para pedir esmolas, vendendo doces ou algum outro produto neste locais. A iniciativa, que contou com apoio da Guarda Municipal, resultou no recolhimento de 25 mulheres e 37 crianças (cinco desacompanhadas), todas de origem paraguaia e sem documento.

A ação compreendeu as ruas do centro de Foz do Iguaçu até a Vila Portes, bairro na cabeceira da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira do Brasil com o Paraguai. “Partimos da Avenida Jorge Schimmelpfeng, seguindo pela Avenida Paraná até a Vila Portes”, contou o secretário de Assistência Social, Elias de Sousa Oliveira. “Em todas estas áreas encontramos mulheres e crianças”, disse. De acordo com ele, as crianças desacompanhadas tem idade entre 6 e 10 anos. As informações são de Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.

Acompanhamento
A Secretaria de Assistência Social vem monitorando já há algum tempo a situação. “Identificamos que tem uma van que traz estas mulheres do Paraguai e deixa elas em locais diversos do município”, informou Elias. A partir desta constatação, foi possível traçar um perfil da forma de atuação destas pessoas. “Hoje podemos dizer que há indícios fortíssimos de que há uma quadrilha organizada, tanto para exploração das mulheres como das crianças”, ressaltou.

A suspeita acabou fortalecida durante a abordagem desta sexta. O secretário informou que, ao comunicar uma das mulheres que ela seria levada ao Consulado do Paraguai, por que não tinha como comprovar se a criança era filha dela realmente, começou a alertar, em grupos de WhatsApp, que estava sendo levada. “Isto mostra que tanto a criança possa estar em situação de risco, como a mulher”, frisou.

Ajuda federal
Elias Oliveira informou que o relatório da ação, bem como toda a documentação já levantada, serão entregues às autoridades federais, para que possam fazer contato com as autoridades paraguaias, para analisar esta situação. “Está muito claro que vamos precisar de interferência envolvendo a nossa PF e melhor vigilância na fronteira para combater estas situações”, afirmou.

O secretário disse que, o Consulado deverá levar as crianças e entregar para o Codene, que é o Conselho Tutelar do Paraguai. “No local é realizado o fichamento, o registro delas, para depois fazer o acompanhamento de lá”, acredita.

Não pode
A Secretaria de Assistência Social orienta que, por mais que o coração das pessoas seja mole, o mais indicado é não dar nenhum tipo de esmola como dinheiro, por exemplo. “Cada centavo que você dá, contribui para a rede de exploração, se for isto mesmo, ou para que a criança esteja aqui todo dia”.

Ao presenciar este tipo de cena, é necessário ligar para o serviço de abordagem social e entrar em contato com a Guarda Municipal, ou Secretaria de Assistência Social, que destina uma equipe na hora. “Esse procedimento será recorrente. Vamos recolher estas mulheres, cadastrar e entregá-las no Consulado para que que envie elas as autoridades competentes de proteção a mulher e a criança no Paraguai”, frisou.

As ações, ainda segundo Elias, serão realizadas em datas alternadas, sem aviso prévio, justamente para criar o fator surpresa. “Hoje foi na sexta, pode ser que na próxima semana seja na quarta por exemplo”, disse. Outras ações de proteção à criança e ao adolescente serão desenvolvidas também nos próximos dias.

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  • Bela iniciativa, e os cuidadores de carros na avenida brasil ou em frente a restaurantes?

  • Que este trabalho tenha continuidade. Vejo muitas crianças sendo exploradas e obrigada a ficarem nesse sol forte vendendo algo ou pedindo. As vezes, os próprios pais são os exploradores. Muitas crianças deixam de estudar. Já vi pais na sombra e os filhos no sol falando de maneira rude com i filho, porque não oferecia a mercadoria.
    Ano passado perguntei a um menino qual bricadeira ele gostava e encheu os olhos de lágrimas… não tem tempo para brincar, não sabia dizer. Que o exemplo da fiscalização em Foz sirva para Paraguai e Argentina também.

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