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Cataratas do Iguaçu completa 479 anos após ser avistada pelo espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca

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O dia 31 de janeiro é lembrado na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina pela chegada do primeiro homem branco a avistar e escrever sobre as Cataratas do Iguaçu.

Nesta data, em 1542, o desbravador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca chegou as famosas quedas, reconhecidas como uma das Sete Maravilhas da Natureza.

As Cataratas do Iguaçu, entre as cidades de Foz do Iguaçu (Brasil) e Puerto Iguazú (Argentina), é um dos destinos turísicos mais conhecidos, visitados e fotografados do mundo e, em 2019, recebeu mais de 3,5 milhões de turistas dos dois lados da fronteira.

Para chegar às Cataratas, Cabeza de Vaca comandava uma expedição que atravessou a região, habitada pelos índios Caiagangue e Tupi-Guarani, rumo à colônia de Assunção, ponto estratégico para os espanhóis alcançarem o império Inca.

Dentre inúmeros obstáculos enfrentados durante a viagem, ao descer o rio de canoa à procura de uma rota para Assunção, no Paraguai, o desbravador só teve tempo de gritar “Santa Maria, que beleza!”, ao avistar pela primeira vez as cataratas.

Assim, com sorte e habilidade para escapar da terrível armadilha do rio, Cabeza de Vaca entrou para a história por seu feito e por sua frase célebre.

Mas, ao encontrar o abismo de água, batizou-as de Saltos de Santa Maria. Mais tarde elas se tornaram conhecidas pelo nome definitivo, Cataratas do Iguaçu.

YGUAZÚ, para os índios guaranis que havia mais de dois mil anos habitavam a região, significa “água grande”.

Bela e inacessível, a região somente voltaria à cena no século XVIII, quando os jesuítas se estabeleceram na área para catequizar os índios.

No meio tempo, porém, continuou alvo de disputa entre espanhóis e portugueses.

Aliás, a delimitação do território seria definida somente após a independência da Argentina, do Paraguai e do Brasil.

Nas primeiras décadas deste século, a região permaneceu isolada e despovoada.

Os raros visitantes, porém, não poupavam elogios à exuberância do local.

Alberto Santos Dumont, pioneiro da aviação, foi um dos entusiastas.

Visitou as Cataratas em abril de 1916 e tão impressionadas com elas ficou, que teria se comprometido a lutar para que ali fosse criado um parque público.

Em 28 de julho daquele mesmo ano, Affonso Alves de Camargo, Presidente da Província do Paraná, tornou públicas as terras que abrigam as Cataratas.

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