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Com reajuste ao ministros do STF, Senado arma bomba para Bolsonaro

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Ao aprovar o reajuste dos vencimentos de ministros do Superior Tribunal Federal (STF) e de Procurador-Geral da República (PGR), por 41 votos a favor e 16 contra e uma abstenção, o Senado armou uma bomba que vai literalmente explodir no colo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Segundo estimativa da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado, formalizada em nota técnica divulgada nesta quarta-feira (7), o impacto do aumento será de pelo menos R$ 5,3 bilhões anuais no orçamento da União, levando-se em conta o “efeito cascata”.

AQUI para ver como votaram os senadores

O projeto de lei da Câmara dos Deputados, que tramita sob o número 28/2016, segue agora para sanção presidencial e prevê reajuste de 16,38% nos salários, que passarão de R$ 33,7 para R$ 39,2. O efeito cascata terá desdobramentos na remuneração de outros órgãos da administração pública federal e estaduais.

As proposições, lembra o Congresso em Foco, foram encaminhadas ao Congresso, em 2015, pelo então presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e faziam parte de um alegado acordo costurado pelo Judiciário com a então presidente Dilma Rousseff (PT). A Câmara chegou a aprovar o reajuste no ano seguinte, mas as matérias ficaram emperradas no Senado até hoje (quarta, 7), depois de terem sido protocoladas na Secretaria-Geral da Mesa em 2016.

Ontem (terça, 6), a matéria foi incluída na pauta da Casa sem alarde e qualquer formalização no sistema eletrônico. Presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) pautou a matéria para plenário depois de formalizado o Requerimento 508/2018, de autoria do senador José Maranhão (MDB-PB). Curiosamente, o emedebista se absteve de votar e foi o único entre os presentes a não registrar seu voto.

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