Comércio de Ciudad del Este registra queda de 25% devido à alta do dólar

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Comércio de Ciudad del atrai milhares de brasileiros todos os anos (Foto: Arquivo/Diário de Foz)

O comércio de Ciudad del Este, um dos principais motores da economia da região, registrou uma queda de 25% no volume de vendas entre setembro e outubro de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados por Juan Vicente Ramírez, empresário e membro da Câmara de Comércio e Serviços da cidade.

Segundo Ramírez, a principal causa dessa retração é a flutuação do câmbio entre o dólar e o real, que influencia diretamente a capacidade de compra dos turistas brasileiros, principais consumidores do comércio local. “O drama está fundamentalmente na taxa de câmbio do dólar em relação ao real. Mas essa variação não acontece de forma isolada, está ligada a diversos fatores econômicos internacionais que afetam o Brasil e, por consequência, Ciudad del Este”, afirmou.

Entre os fatores citados estão o desequilíbrio da balança exportadora do Brasil e a instabilidade econômica global, afetada por conflitos geopolíticos e pela desaceleração de mercados importantes como a Rússia e a União Europeia. Esse cenário tem resultado em uma queda no consumo por parte dos turistas, impactando tanto grandes lojas quanto pequenos vendedores informais, os chamados “mesiteros”, que dependem do fluxo diário de compradores.

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A falta de competitividade nos preços, agravada pela alta do dólar, tem desestimulado a presença dos consumidores brasileiros, prejudicando a economia de Ciudad del Este em todos os níveis. “Isso afeta tanto as grandes lojas quanto os trabalhadores informais que dependem do comércio nas ruas”, explicou Ramírez.

Além das dificuldades econômicas, outro problema que impacta o comércio local é a questão da segurança. Ramírez destacou a presença das chamadas “piranitas”, criminosos que atuam no centro da cidade e contribuem para a percepção de insegurança, afastando turistas e prejudicando ainda mais as vendas. “A insegurança faz com que os turistas se sintam ameaçados e, como resultado, deixem de vir, o que afeta diretamente as vendas e a economia local”, concluiu.

Com informações do GDia

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