Deputado estadual e secretário-geral defende a manutenção do grupo que está a frente do partido na cidade
As lideranças que estão à frente da direção provisória do MDB de Foz do Iguaçu, precisar ter o apoio e as condições necessárias para reconstrução do partido. A afirmação é do secretário-geral do MDB do Paraná, o deputado estadual Requião Filho, que cumpriu agenda nesta quinta-feira (21) em Foz do Iguaçu e cidades da microrregião. Até esta sexta-feira (22), ele irá visitar 12 municípios do Oeste, para conversar com colegas partidários e prestar contas do mandato na Assembleia Legislativa.
O MDB já foi o maior partido de Foz do Iguaçu, do Paraná e do Brasil. No entanto, nas últimas eleições, a legenda viu suas seus quadros perdendo espaço nas urnas e em função de articulações durante o mandato. No pleito de 2014, então PMDB elegeu oito deputados estaduais, quatro acabaram migrando para outras agremiações. Na eleição de outubro do ano passado, o partido garantiu apenas duas cadeiras na Assembleia Legislativa. As informações são de Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.
Na agenda pela região, Requião Filho tem priorizado as discussões de problemas e soluções partidários, além de incentivar a busca por novas lideranças. Em Foz do Iguaçu, se reuniu com integrantes da comissão provisória, que enfrenta um pedido de intervenção junto a Executiva Estadual. O secretário-geral do partido afirma ser contra a medida.
“Discordo por ser um grupo com um potencial enorme de buscar novos vereadores, bons candidatos, a prefeito, inclusive”, disse Requião Filho, em referência ao trabalho que vem sendo realizado por Roberto Apelbaum, Vânio da Silva, Professora Nilma e outros emedebistas. “Entendo a necessidade de oxigenação do partido, mas acredito que em Foz tem que fortalecer este grupo e dar condições para que eles apresentem solução”.
Defesa
De acordo com o secretário-geral, os integrantes da provisória já foram citados pela Executiva para apresentar sua defesa oral, em função do não cumprimento de requisitos internos. “Mas acho que isto, é devido ao momento político que estamos vivendo, aos fenômenos da última eleição. Alguns municípios sofreram mais do que outros, em especial os grandes municípios”, frisou.
“Entendo que temos que levar isso em consideração e dar força ao partido para se reconstruir”, ressaltou Requião Filho. Ele lembrou que a nova executiva que assumiu a direção estadual no final do ano passado, estabeleceu como meta buscar a renovação do MDB, pelos municípios com mais de 100 mil habitantes, que é o caso de Foz do Iguaçu.
“A gente quer projetos, quer nomes, novas lideranças. Então, acho que é necessário isto”, disse ele, sobre o trabalho. O MDB de Foz sempre teve como principal liderança Dobrandino da Silva – duas vezes prefeito e três vezes deputado estadual. “O Dobrandino é uma liderança histórica, mas está fora do jogo, está fora da política. Tem sua história, tem seu trabalho”, ressaltou.
Futuro
De acordo com ele, Dobrandino “fez o que fez pelo partido e fez o que fez também pela desconstrução do partido”. Requião Filho citou como exemplo, quando o ex-prefeito levou seu filho, o também ex-prefeito Sâmis da Silva, para se filiar ao PSDB. “Isto no governo Beto Richa, no qual eramos oposição. Então, tem seus acertos e seus erros”.
“Mas a preocupação agora não é com o passado. Os acertos do passado tem que ser respeitados, os erros tem que ser reconhecidos e nós temos que caminhar para a frente”, projetou. Requião Filho acredita que o ideal é dar o apoio necessário para Roberto Apelbaum, o ex-vereador Vânio da Silva e a Professora Nilma reconstruir o MDB de Foz. “Se desvincilhando das amarras do passado e apresentando um novo partido”, frisou.
Oposição
Membro da Mesa Diretora, Requião Filho disse que seu mandato é de oposição na Assembleia Legislativa. Neste início de segundo mandato, disse que está buscando mais a defesa do consumidor. “Estamos apresentando projetos cobrando as nossas estatais para que atendam melhor os paranaenses. A Sanepar, em Maringá, tem prestado um serviço ruim, água ruim, interrompem o serviço por até cinco dias sem uma explicação”.
“A Copel, por exemplo, deixa bairros inteiros sem luz, também sem nenhuma explicação”, afirmou. A Agepar, agência reguladora, em sua opinião não tem feito nada. “Só para aprovar aumento”, frisou. Ele informou que está concluindo um projeto de lei que prevê multas para a Sanepar, no caso de não fornecimento sem aviso e em breve irá fazer o mesmo para a Copel.