Categoria seguirá mobilizada contra projetos que retiram direitos de servidores e prejudicam o sistema de ensino
Professores e funcionários de escolas da rede estadual decidiram suspender a paralisação e manter a categoria em estado de greve. A deliberação foi durante Assembleia Estadual realizada nesta quarta-feira, 4, no Centro Cívico, em Curitiba (PR).
Servidores da educação interromperam as atividades nas escolas na última segunda-feira, 2, em protesto contra o projeto da reforma da Previdência do Paraná, de autoria do governador Ratinho Junior (PSD). Os educadores também são contra medidas educacionais do governo.
O início da votação da reforma que altera o sistema de aposentadoria do funcionalismo estava previsto para terça-feira, 3. Depois que servidores em greve foram impedidos de acompanhar a votação na ALEP, houve ocupação da plenária e suspensão dos trabalhos legislativos.
“Vamos seguir acompanhando a tramitação desse projeto, que não é uma ‘reforma’, mas o desmonte de nossa aposentadoria, dialogando em cada escola, com estudantes, pais e mães de alunos”, frisou Cátia Castro, presidenta da APP-Sindicato/Foz. “Não temos a intenção de paralisar calendário na reta final do ano letivo”, completou.
Outra preocupação da categoria é com a resolução de distribuição de aulas para o ano letivo de 2020, que o governo já deveria de ter feito a sua publicação. Esse documento será conhecido pelos educadores somente na próxima semana.
“Em nossa avaliação, virão novos ataques, como a retirada de aulas de professores e a manutenção da redução da hora-atividade”, aponta Cátia Castro. “Também acompanharemos eventuais fechamentos de turmas. Quer dizer, teremos que seguir enfrentando e resistido a essas medidas, aponta Cátia.
Ensino Médio à noite
Em relação ao encerramento do Ensino Médio noturno, uma das pautas da greve, o sindicato orienta a direção das escolas a enviar à secretaria da APP-Sindicato/Foz informações sobre as turmas de primeiro ano que possuem demanda de estudantes.
“O governo está negando a abertura de várias turmas, o que é uma crueldade contra os estudantes que precisam estudar à noite para trabalhar. Vamos seguir mobilizados para reverter essa e outras medidas que prejudicam alunos, educadores e as escolas”, enfatizou Cátia Castro.
(Texto e fotos: Assessoria da APP-Sindicato/Foz)