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Eleições 2020: Luiz Henrique quer mudar a lógica do serviço de transporte coletivo

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(Foto: Google/Arquivo Rádio Cultura Foz)

Candidato a prefeito de Foz do Iguaçu pelo PT é o quarto na série de entrevistas exclusivas do Cabeza News

Quando decidiu colocar seu nome para representar o PT nas eleições municipais de 2020, o professor do ensino médio Luiz Henrique Dias da Silva sabia que não seria uma tarefa das mais simples. Afinal, seu partido ainda sofre com o desgaste devido polêmicas nas gestões da Presidência da República. O quadro “complicado” não o desanimou e hoje ele encabeça chapa com Marcelo Arruda para vice-prefeito.

Ao comentar sobre o transporte coletivo de Foz do Iguaçu, o candidato a prefeito pelo PT disse que a intenção é mudar a lógica. “Ampliar as linhas e tornar os trajetos mais curtos, favorecendo os bairros. Mudando a lógica de um único terminal e criando microterminais em regiões estratégicas”, anunciou Luiz Henrique. “Mudar o modelo de ônibus, com piso mais baixo para auxiliar na acessibilidade e com ar condicionado para garnatir conforto”, ressaltou.

Sobre as cirurgias eletivas, Luiz Henrique lembra que elas foram suspensas em todo país por causa da pandemia Covid-19, em função do baixo número de leitos de UTI e da falta de insumos, como anestésicos. “Nossa possibilidade para reduzir as filas é controlar a doença, reduzir o número de casos, rastrear e isolar os casos positivos, evitar que a população de risco adoeça”, disse.

Na série que marca os dois anos do Cabeza News, Luiz Henrique fala ainda, caso seja eleito, de sobre como pretende reduzir os gastos da Prefeitura, reduzir o desemprego que aumentou com a pandemia do Coronavírus, a posssibilidade de um lockdown como estratégia de enfrentamento ao novo Coronavírus, aproveitamento dos jovens formandos do ensino superior, a futura vacina contra a Covid-19, entre outros.

Cabeza News – Quando se fala em reduzir gastos da Prefeitura, cortar pastas e servidores sempre vem a tona. Como será seu governo com a categoria? 
Luiz Henrique Dias da Silva –
Em primeiro lugar, devemos entender que, no pós pandemia, a demanda por serviços públicos, em especial de saúde e de educação vai se ampliar e falar em cortes e redução de gastos significa falta de empatia com a população, em especial com a parcela mais vulnerável.

Temos que falar, ao invés de cortar, em usar com racionalidade e responsabilidade os recursos municipais, concentrando esforços nas áreas sociais. E vamos precisar de mais pessoas para atender o povo.

Por isso os servidores serão valorizados pois são a linha de frente do atendimento à população. Vamos fazer concursos para áreas onde faltam profissionais, como professores e médicos, e em áreas críticas como a Guarda Municipal, há 18 anos sem concurso, e a Assistência Social.  

A fila por cirurgias eletivas aumentou na pandemia. Como reduzir ela, sem prejudicar as ações de enfrentamento a Covid-19? 
Luiz Henrique –
As cirurgias eletivas foram suspensas em todo país por causa da COVID-19, em função do número de leitos de UTI que podem ser acionados em caso de complicação destas cirurgias, quanto pela falta de insumos para realizá-las, como os anestésicos, que em determinado momento da pandemia ficaram escassos e inclusive tiveram que ser substituídos. É bom ter clareza que a pandemia não vai passar tão cedo no Brasil, nem Foz.

Nossa possibilidade para reduzir as filas é controlar a doença, reduzir o número de casos, rastrear e isolar os casos positivos, evitar que a população de risco adoeça. Incrementar os investimentos em saúde para mais recursos humanos, equipamentos ou contratar serviços privados para retomar o andamento das cirurgias. E garantir a vacinação para a maior parte da população de risco assim que tivermos um imunobiológico seguro e aprovada pela ANVISA.
 
Diante de um virtual aumento de casos e internamentos, o senhor descarta um lockdown em Foz, caso eleito? 
Luiz Henrique –
Eu seguirei as autoridades sanitárias. Sempre. Se a orientação for por um fechamento das atividades farei. A vida deve estar em primeiro lugar.  

O turismo a principal matriz da economia de Foz. Tem como diversificar com outras matrizes e quais seriam estas? 
Luiz Henrique –
Temos que fortalecer o turismo, ampliar o acesso dos trabalhadores e das trabalhadoras nas decisões (hoje, apenas os empresários concentram as principais decisões), fortalecer o turismo regional e o ecoturismo, criar possibilidades de renda e apoio aos informais, em especial guias e motoristas.

Mas precisamos avançar: mudar nossa matriz econômica requer tempo e não podemos mais esperar para começar. Para isso, vamos focar nos bairros, na economia dos bairros, centros comerciais como a Avenida Mário Filho e a Avenida Morenitas, dentre outros, melhorar o transporte público, que é um indutor de desenvolvimento, e induzir a implantação de indústrias limpas, startups de tecnologia e agroecologia e convênios para cursos capacitação para que os iguaçuenses desempregados possam se capacitar para ocupar vagas técnicas nas empresas.

Vamos construir um ambiente empresarial adequado para quem quer investir em Foz e fazer com que nossos jovens não precisem mais ir embora da cidade. 

O presidente Bolsonaro tem sido cobrado internacionalmente em função de sua política ambiental. Qual o seu projeto para o meio ambiente de Foz? 
Luiz Henrique –
O meio ambiente é um ativo na economia de nossa cidade e precisamos cuidar do tema com responsabilidade. Vamos tirar do papel a revitalização das margens dos rios e córregos, ampliar a política ambiental alinhada com as políticas habitacionais e dar uma destinação adequada ao horto municipal. Vamos, também, garantir o cumprimento da Lei que trata dos Resíduos Sólidos. 

A crise econômica provocada pela pandemia fez aumentar o desemprego em todo país. Como seu governo vai agir de fato para gerar emprego e renda em Foz? 
Luiz Henrique –
Respondi na pergunta 4 mas reitero e complemento:  vamos focar nos bairros, na economia dos bairros, centros comerciais como a Av. Mário Filho e a Av. Morenitas, dentre outros, melhorar o transporte público, que é um indutor de desenvolvimento, e induzir a implantação de indústrias limpas, startups de tecnologia e agroecologia e convênios para cursos capacitação para que os iguaçuenses desempregados possam se capacitar para ocupar vagas técnicas nas empresas.

Vamos construir um ambiente empresarial adequado para quem quer investir em Foz e fazer com que nossos jovens não precisem mais ir embora da cidade. E vamos criar um grande programa de estágios para jovens do ensino médio e das universidades e faculdades de Foz.

Em breve a segunda ponte com o Paraguai fica pronta. Qual o seu plano municipal para reduzir os impactos negativos na região do Porto Meira? 
Luiz Henrique
– Acompanhar de perto as mudanças urbanas e econômicas que ocorrerão com a obra pronta, criar um conselho local para tratar dos impactos e fazer com que os eventuais problemas se tornem oportunidades para o desenvolvimento do bairro. O Porto Meira pode ganhar mais protagonismo com a nova ponte e, com o apoio da população, vamos conseguir construir o melhor caminho. 

Foz tem avançado como polo educacional do ensino superior. Como seu governo vai aproveitar o potencial dos jovens que se formam todos os anos? 
Luiz Henrique –
A cidade precisa gerar empregos em outras áreas para dar oportunidade aos formandos de ficarem. Hoje, quem chega ao último ano da faculdade tem que se preocupar em escolher para onde vai ter que ir embora caso queira continuar trabalhando em sua área de formação. Vamos fazer concursos, vamos diversificar a economia e criar um ambiente adequado para negócios, investimentos e empreendedorismo.  

O transporte coletivo tem sido alvo de constantes críticas da população de Foz. Objetivamente, como seu governo vai desatar este nó? 
Luiz Henrique –
Vamos mudar a lógica do transporte. Ampliar as linhas e tornar os trajetos mais curtos, favorecendo os bairros. Mudando a lógica de um único terminal e criando microterminais em regiões estratégicas.

Mudar o modelo de ônibus, com piso mais baixo para auxiliar na acessibilidade e com ar condicionado para garnatir conforto. Implantar o bilhete único, como ocorre em outras cidades, com até 4 horas de baldeação gratuita.

Garantir passe livre para jovens de 17 a 24 anos e para pessoas desempregadas. E como pagar isso? Com subsídio, porque não existe transporte bom sem subsídio. Além disso, vamos criar uma empresa de mobilidade para, num futuro, operar nosso sistema e atender os interesses da cidade e  não de empresários. 

Existem várias vacinas em desenvolvimento contra o Coronavírus. A mais adiantada é pesquisada pelo Butantan com laboratório chinês. Qual seu entendimento sobre a doença e o futuro medicamento? 
Luiz Henrique –
Confio na ciência e confio no Instituto Butantan. Vamos garantir a vacinação para a maior parte da população de risco assim que tivermos um imunobiológico seguro e aprovado pela ANVISA

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