Em parceria com o Governo, Itaipu injeta quase R$ 1 bilhão em obras de infraestrutura no Oeste do Paraná

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Foto: Rodrigo Felix Leal

A boa relação institucional entre a Itaipu e o Estado do Paraná segue uma diretriz do governo federal. É o maior pacote de investimento integrado da história.

A duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), a ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, a segunda ponte entre Brasil e Paraguai e a nova perimetral com acesso na BR-277 são as obras mais visíveis de um pacote de investimentos de cerca de R$ 1 bilhão programado pela Itaipu Binacional para os próximos anos na região Oeste do Paraná. Esses compromissos vultosos foram assumidos pela usina em parceria com o Governo do Estado e atendem um dos principais objetivos da usina, que é o desenvolvimento econômico dos municípios que integram sua área de atuação.

A parceria com a Itaipu Binacional nesses quatro grandes projetos e em áreas estratégias como saúde, educação e segurança pública será fundamental para marcar um novo ciclo de desenvolvimento do Paraná, inclusive com possibilidade de acelerar a retomada econômica depois da pandemia.

As intervenções colocam a termo gargalos históricos da região, como a pista curta do aeroporto para voos internacionais, a concentração de caminhões na Ponte Internacional da Amizade e uma BR-469 com estrutura primária para conectar o mundo às Cataratas do Iguaçu, uma das maiores belezas naturais da Terra.

“Eram demandas represadas há mais de 20 anos e que conquistamos com muito diálogo. Essa parceria do Governo do Estado e do governo federal é fundamental para a estratégia de tornar o Paraná um hub logístico da América do Sul. Vamos ampliar o intercâmbio, o comércio e o turismo com o mundo com esses investimentos em modais integrados”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Os ganhos dessa união são inestimáveis para o Estado”.

A boa relação institucional entre a Itaipu e o Estado do Paraná segue uma diretriz do governo federal. “A Itaipu Binacional está transformando cada megawatt-hora produzido em legado para a população paranaense. Estamos construindo uma Foz do Iguaçu da qual possamos cada vez nos orgulhar mais, preparando novos receptivos turísticos para valorizar a nossa vocação e criando infraestrutura para ajudar o Estado no seu planejamento logístico”, destaca o diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Joaquim Silva e Luna.

“O Ministério de Infraestrutura e Itaipu Binacional ‘integram’ a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística. Quando se trabalha em conjunto a satisfação é redobrada e os ganhos são enormes para a população do Paraná”, ressalta o presidente Jair Bolsonaro. “A Itaipu é um orgulho por ser a hidrelétrica que mais produz energia limpa no mundo, mas também pela forma de administração, pelos recursos para investimentos em obras”.

A programação de aportes financeiros da usina inclui, ainda, o novo Mercado Municipal de Foz (R$ 9,3 milhões), modernização do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (R$ 64,7 milhões), ciclovias (R$ 17,3 milhões), fingers do Aeroporto de Cascavel (R$ 3,9 milhões), parque linear em Cascavel (R$ 11 milhões), projetos de apoio para a Secretaria de Segurança Pública (R$ 27,4 milhões), proteção de bacias hídricas (R$ 25 milhões) e casas populares na Região Oeste (21,5 milhões), entre outros.

Articulação

O primeiro ano de gestão de Ratinho Junior e Joaquim Silva e Luna foi fundamental para colocar em andamento esses objetivos. A nova diretoria de Itaipu Binacional promoveu repaginação administrativa, corte de convênios e patrocínios, redução de despesas gerais e a inclusão de investimentos em obras de infraestrutura entre as prioridades. O Governo do Estado entrou na parceria como articulador, promotor da ideia de integração regional e financiador da contrapartida de parte dos contratos.

No ano passado foram realizadas diversas reuniões em Curitiba, Foz do Iguaçu e Brasília (DF) entre o governador e representantes da União e da Itaipu. A ampliação da pista do aeroporto no pacote de investimentos da Itaipu, por exemplo, é resultado de uma reivindicação feita na Secretaria de Aviação Civil (SAC). A opção foi pela concretização da obra antes da concessão para a iniciativa privada para ganhar tempo para incentivar o potencial turístico da região.

A ponte e a perimetral são frutos de uma articulação da Secretaria de Infraestrutura e Logística com o Ministério de Infraestrutura. O projeto original foi concebido por uma comissão mista entre os dois países em 1992, mas foi deixado de lado com o decorrer dos anos por falta de dinheiro ou interesse diplomático. Também houve problemas ambientais no início da execução, em 2014, e a obra foi paralisada. Quando houve avanços nas questões legais não havia recursos e a entrada da Itaipu Binacional nessa estratégia foi fundamental para resolver todas as pendências.

A Rodovia das Cataratas, que teve a pedra fundamental lançada na semana passada, foi o quarto passo concretizado desse planejamento integrado em infraestrutura. A maior parte dos recursos é da Itaipu Binacional, com contrapartida do Governo do Estado. As quatro obras devem ficar prontas nos próximos três anos.

“Estamos investindo um pouco mais de R$ 1 bilhão. Alguns já estão conveniados e temos mais anúncios a fazer. É o maior pacote de investimento integrado da história, junto com Governo do Estado e o governo federal. Eles são frutos da mudança administrativa e dessa parceria muito forte entre o Paraná e a União”, afirma Luiz Felipe Carbonell, diretor de Coordenação da Itaipu Binacional. “Tudo isso está sendo facilitado porque estamos remando juntos para implementar infraestrutura. Direcionamos recursos para o que vai deixar legado para a sociedade”.

Carbonell cita como exemplo de parceria, além da infraestrutura, o convênio com a Sanepar para saneamento básico e proteção das bacias hídricas. “Vamos mudar definitivamente o saneamento em determinadas cidades, com possibilidade de alterações significativas no perfil social desses cidadãos, além da promoção de saúde”, acrescenta. “Tudo isso está dentro do objetivo do foco principal da usina de gerar energia com qualidade. Estamos investindo naquilo que reflete no lago, no meio ambiente e em toda a faixa de proteção”.

Esse pacote de R$ 1 bilhão também atende pleitos da sociedade civil de Foz do Iguaçu. O programa Acelera Foz, desenhado neste ano como parte do plano de retomada econômica da cidade, ajudará a integrar a comunidade e o setor empresarial a essas obras. Os eixos de promoção e desenvolvimento do município são infraestrutura, divulgação, retomada do turismo, empreendedorismo, inovação e atração de investimentos, apoio à produção e comercialização, e fomento de novas políticas públicas.

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