A partir de 2023, quando a pandemia de covid-19 estiver finalmente controlada, Foz do Iguaçu deverá contar com o Hub de Saúde das Américas – um espaço especializado e diversificado de serviços médicos, que terá como um dos focos as cirurgias de pequena e média complexidade, como intervenções plásticas, dermatológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Este nicho de mercado, para atender os chamados “turistas de saúde”, pode aumentar o tempo de permanência de visitantes do mundo todo na cidade em até 15 dias.
O espaço é produto de uma parceria entre o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), mantido pela margem brasileira da usina de Itaipu, com o Day Medical Center. Os recursos são da Itaipu e do HMCC. O Day Medical Center funcionará num prédio de dez pavimentos na Rua Benjamin Constant, nas imediações da sede da Prefeitura de Foz do Iguaçu. A construção já começou e a previsão de conclusão é junho de 2023. O centro oferecerá tratamento personalizado para pacientes particulares e conveniados.
No total, o espaço terá aproximadamente 26 mil metros quadrados e contará com uma filial do HMCC de quase 7 mil metros quadrados, que será voltada a atendimentos de pequena e média complexidade, com um conceito premium.
O Hub de Saúde das Américas deverá integrar um dos novos eixos do programa Acelera Foz, que é parte de um plano de retomada econômica de Foz do Iguaçu e tem a coordenação estratégica do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz). Fazem parte do Acelera Foz a Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Prefeitura de Foz, Sebrae, Programa Oeste em Desenvolvimento, Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi) e Conselho Municipal de Turismo (Comtur).
Padrão internacional
Com quase 7 mil metros quadrados, a filial do HMCC no Day Medical Center será voltada a atendimentos de pequena e média complexidade. A unidade oferecerá um centro de diagnóstico por imagens, salas especiais destinadas a serviços de check-up executivo, centro de atenção à saúde da mulher, laboratório de análises clínicas e um Hospital Dia, com centro cirúrgico para a realização de procedimentos de baixa e média complexidade, que permitem ao paciente ter alta no mesmo dia.
O centro cirúrgico contará com seis salas para cirurgias, 12 leitos de recuperação anestésica e oito suítes hospitalares. “É uma unidade pensada e formada em conceito de padrão internacional, consolidando a qualidade de prestação de serviços oferecidos pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti, com toda a segurança necessária para nossos pacientes”, explica o diretor-superintendente do HMCC, Fernando Cossa. Um dos diferenciais do Day Medical Center é que contará com a exclusividade de um jardim de cura, um dos primeiros do Paraná.
Histórico
A Fundação Itaiguapy, que administra o HMCC, em parceria com a Itaipu, estudou durante sete meses os projetos, desde a análise de mercado até a viabilidade financeira do Day Medical Center, e percebeu nele uma grande oportunidade de negócio em Foz do Iguaçu.
A cidade passa por uma grande transformação, com a construção de um pacote de obras estruturantes que vão colocar a fronteira num novo patamar e status econômico. Nesse rol estão a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a Perimetral Leste, a ampliação da pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu, a duplicação da Rodovia das Cataratas e a finalização do Mercado Público de Foz, entre outras.
Todos esses investimentos são provenientes de uma restruturação administrativa e financeira conduzida pelo general Joaquim Silva e Luna à frente da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu, em dois anos e um mês de gestão. Os recursos são da ordem de R$ 2,5 bilhões, com geração de mais de 2,5 mil empregos.
“Quando essas obras estiverem prontas, e algumas delas já estão sendo entregues, Foz do Iguaçu deverá ter um grande salto econômico e precisa estar preparada para novas oportunidades. Essa é uma orientação do general Joaquim Silva e Luna e o Day Medical Center vem exatamente nessa direção”, diz Aureo Ferreira, assessor do diretor-geral brasileiro e coordenador do GT Estratégico da Covid-19 da margem brasileira da Itaipu, que investiu mais de R$ 80 milhões no enfrentamento da pandemia, a maior parte voltada para a população mais vulnerável.
“Mais do que nunca, quando a pandemia passar, a cidade precisará estar preparada para entrar num novo ciclo, que, no que depender de nós, será bastante próspero. O caminho para isso já está sendo pavimentado com os bons projetos, programas, ações, iniciativas e obras de Itaipu e parceiros”, complementa Aureo.
Na prática, o impacto na economia de Foz será bastante significativo. As perspectivas são as mais positivas. Entre elas, aumento na oferta de empregos qualificados, movimentação na indústria da construção civil e no turismo da fronteira e, por consequência, em bares, lojas e comércio em geral. Alguns hotéis poderão ser padronizados para acomodação de pré e pós-cirúrgicos dos tratamentos.
Um dos conceitos é incentivar o turismo de saúde, que motiva o turista a viajar para fazer tratamentos médicos, cirúrgicos ou para qualquer tipo de cuidado nessa área num lugar especializado. Normalmente, esses centros são atraentes porque oferecem a “turistas pacientes” e seus acompanhantes acessos a destinos e hospitais com preços normalmente mais baixos que em seus países de origem.
De acordo com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o número mundial de turistas de saúde já chegou a 50 milhões por ano. Há uma estimativa de aumento anual de 25% para a próxima década.
Sustentabilidade do HMCC
A consultoria responsável pelo desenvolvimento do Day Medical Center tem no portfólio com outros cinco hospitais privados e mais de 2 mil consultórios, em nove medical centers espalhados pelo Brasil.
Para Fernando Cossa, esse novo centro vai contribuir para a sustentabilidade financeira do HMCC, em conjunto com o plano diretor de obras, que já está em execução e vai ampliar os atendimentos de alta complexidade dentro da unidade hospitalar instalada na Vila A, em Foz do Iguaçu.
Texto: Assessorias de Comunicação da Itaipu e HMCC
Fotos: Débora Black/ HMCC