General Silva e Luna pode ser a novidade nas eleições municipais em Foz do Iguaçu

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General Silva e Luna, ex-diretor da Itaipu, disputa a prefeitura de Foz; Foto: REdes sociais

“A cidade precisa de um prefeito com perfil, organização e métodos de um CEO” afirma ex-diretor-geral de Itaipu e ex-presidente da Petrobrás

O general Joaquim Silva e Luna, ex-diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional admitiu no último final de semana que pensa “seriamente” em “disponibilizar o meu nome” para disputar a sucessão do prefeito Chico Brasileiro (PSD), que encerra seu segundo mandato em dezembro de 2024. “Sei que a cidade se prepara para as eleições e há essa procura por nomes”, revelou em entrevista ao Portal Almanaque Futuro. Antes, no entanto, ele pretende fazer uma consulta ampla entre empresários, organizações, associações e órgãos que tem grande relevância na “sustentação das ideias”.

Recorda o GDia que o Silva e Luna assumiu a direção-geral brasileira da Itaipu em fevereiro de 2019, cargo que exerceu até abril de 2021, quando aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser presidente da Petrobrás.

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No período em que permaneceu em Foz do Iguaçu, o general atingiu um alto grau de empatia com uma população, com que sempre manteve um bom relacionamento, incluindo moradores dos municípios de influência da Binacional. Em dois anos, Silva e Luna, além de comandar uma das maiores produtoras de energia do Planeta, transformou em realidade uma considerável lista de sonhos da região.

O nome do ex-diretor da Itaipu passou a ser lembrado, já no início das articulações para o pleito do ano que vem. Silva e Luna tem sido mencionado em várias ocasiões por setores comunitários e até mesmo lideranças, porém ele se manteve em silêncio “Saí de Foz mas deixei o coração na cidade e pretendo sim retornar. Possuo residência e faço questão de dizer a todos, que foi em Foz do Iguaçu onde obtive a minha primeira cédula de identidade civil, a renovação da carteira de motorista e é para onde pretendo mudar o título eleitoral”, disse o general, como é carinhosamente citado.

“Foz foi a cidade mais extraordinária onde vivi, fiz incontáveis amigos, das autoridades ao barbeiro; dos caixas dos supermercados aos médicos e engenheiros; dos atendentes nas padarias aos taxistas e garçons; olha dá um orgulho danado expressar como fui tão bem recebido e por isso, faço de tudo para honrar uma cidade onde praticamente me sinto um nativo, porque o Título de Cidadão Honorário eu já tenho e está em local de destaque em minha casa”, afirmou.

Conversas

Sobre a política, tudo ainda parece condicional, mas o general Joaquim, que é pernambucano de nascença, iniciou o assunto com uma frase tradicional mineira: “quando se diz que uma vaca é malhada pelo menos uma pinta ela tem”. Segundo ele, foi consultado por presidentes e lideranças de vários partidos de direita, centro-direita e também de “centro” e deve optar por filiação obedecendo o prazo do T.R.E. (Tribunal Regional Eleitoral), em tempo de disputar as eleições se for o caso.

Para ele, o exercício de um prefeito precisa ser moderno e no caso de Foz, ressaltou a necessidade de pensar em projetos de governança cooperativa, sobretudo olhando para os setores produtivos, a internacionalidade e as outras muitas vocações, no desempenho de uma cidade/empresa. “Para administrar uma cidade assim, o perfil de um prefeito se iguala ao de um CEO de uma multinacional”, diz Silva e Luna.

Antes de decidir por uma pré e efetiva candidatura, o general disse que irá se reunir com Acifi, Cocdefoz, entidades e órgãos importantes para o município. “Depois disso vou pensar em um grupo de governabilidade, sempre com o foco de que a geração de empregos e renda devem aparecer na ponta da lista das prioridades de uma gestão. Uma sociedade não se constrói quando há diferenças sociais e falta de oportunidades, desprezando o potencial da mão de obra”.

“Aprendi e vi que Foz possui muita gente competente e sem um posto de trabalho, e isso precisa de uma vez por todas mudar. É assim que pensamos quando dirigimos uma grande empresa; na valorização profissional por que ela faz a diferença e isso é brutal em termos de população”, ressaltou. O general adiantou que estará no município provavelmente no início de maio, onde manterá contato com os amigos para fazer uma avaliação mais aprofundada da situação. “Há muitos desafios pela frente e poderei contribuir muito com Foz, mas jamais sozinho”, finalizou.

Contexto

Silva e Luna foi o primeiro diretor-geral da Itaipu a se mudar e morar em Foz do Iguaçu, onde mantém residência até os dias atuais. No período da sua gestão, após o expediente, finais de semana e feriados era normalmente encontrado nos locais públicos de caminhada, comércio e até em supermercados, “uma figura que se tornou conhecida pela amabilidade e atenção”, destaca o Almanaque Futuro. Entre as ações, na área administrativa, reduziu custos e otimizou recursos, como o fechamento da sede da usina em Curitiba.

Sua visão estratégica foi fundamental para a elaboração de um robusto cabedal de obras estruturantes há muito debatidas em Foz, como a segunda ponte com o Paraguai, a Perimetral Leste, duplicação da BR 469, modernização e acessos ao Aeroporto Internacional, e outras iniciativas regionais, como a Estrada do Boiadeiro.

O general visionou Foz como importante entreposto modal da América Latina, praticamente no meio do caminho transoceânico entre o Atlântico e Pacífico. Como gestor e homem de muitas responsabilidades, sempre exerceu as atividades com austeridade e rigor técnico, e, soube tramitar com respeito entre os políticos, o que lhe valeu muito carisma no setor, embora preferisse a não exposição.

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