Itaipu, usina que nunca para e transforma MWh em desenvolvimento

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(Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional)

General Joaquim Silva e Luna

A ltaipu Binacional representa um exercício de busca permanente de convergências e de construção de consensos: é um fator de desenvolvimento regional; é o mais forte símbolo de fronteira que une dois povos; é a tradução de amizade e confiança.

Tenho reafirmado essa convicção dia após dia, desde 21 de fevereiro de 2019, quando recebi a missão do presidente Jair Bolsonaro de comandar a margem brasileira da Itaipu Binacional.

2020, o ano em que a terra parou!

Fiz dessa missão um propósito de vida, baseado nos princípios que meus pais me ensinaram e, também, naqueles que regem a boa administração pública, conforme o artigo 37 da Constituição Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Ao ser nomeado, vim decidido a morar em Foz do Iguaçu e compor uma equipe para trabalhar por nossa empresa, pela cidade e pela região. Trabalhar de forma incansável pela nossa gente.

(Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)

De imediato, estabelecemos uma política de austeridade e transparência. Trouxemos toda a diretoria e o centro de gravidade da empresa para Foz. Reduzimos o escopo de alguns convênios e patrocínios e encerramos aqueles que não tinham aderência à missão de Itaipu.

Centralizamos estruturas replicadas, reduzimos despesas, melhoramos a governança e criamos um forte espírito de equipe. Com essa integração, fizemos uma administração rigorosa dos recursos da empresa, com o intuito de transformar cada megawatt-hora (MWh), produzido com eficiência pela usina, em desenvolvimento, geração de emprego e renda, para deixar um forte legado para o Oeste do Paraná.

(Foto: Roger Meireles)

Como resultado desse novo enfoque, conseguimos direcionar R$ 1,4 bilhão a diversas ações, sempre alinhadas com os governos federal, estadual e dos municípios.

Itaipu não parou um só segundo. A pandemia de covid-19 apenas ampliou o desafio de vencer cada obstáculo imposto pelas dificuldades econômicas, com criatividade e ousadia para seguir em frente.

A construção da segunda ponte sobre o Rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai, que começou a ser erguida em agosto de 2019, quando ainda não se sabia que o mundo iria praticamente parar alguns meses depois, é um exemplo disso.

(Foto: Alan Santos / PR)

A obra, hoje já na metade de sua conclusão, sobreviveu ao período – o mais grave na economia e quase sem paralelo em outras épocas – e contribuiu para gerar mão de obra, depois de a pandemia eliminar mais de 5 mil empregos em Foz do Iguaçu. Diretamente, são mais de mil pessoas com direitos trabalhistas nos dois lados da futura ponte.

Mas a Ponte da Integração, que caiu nas graças dos presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez, é a obra mais importante, mas não a única. Para garantir que Foz do Iguaçu se transforme num destino que não dependa de outros no Brasil para receber visitantes estrangeiros, a Itaipu investe, junto com a Infraero, na ampliação da pista de pouso e decolagens do aeroporto e outras melhorias, que vão permitir a Foz do Iguaçu receber voos diretos de outros continentes.

Foto: Rodrigo Felix Leal

Outro antigo sonho dos moradores de Foz do Iguaçu, a duplicação da Rodovia das Cataratas, que permite o acesso a grandes atrativos turísticos da fronteira, será finalmente duplicada, com recursos da Itaipu.

Mas também investimos em obras menores, mas significativas, como a construção do Mercado Municipal, a revitalização do Gramadão e o projeto Vila A Inteligente, entre outros. Sem esquecer, ainda mais no momento que vivemos, do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, que recebeu recursos para ampliações e uma série de benefícios para permitir atender aos pacientes da pandemia.

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As mudanças na empresa, como a otimização dos recursos e a maior sinergia entre as áreas, têm como fundamento principal o objetivo de preparar a Itaipu para o cenário pós-2023, quando a dívida contraída para a construção da usina estará paga, e ela se verá em um mercado de energia cada vez mais complexo, dinâmico e competitivo. Itaipu não teme mudanças, e por isso estará muito bem preparada para esses novos tempos.

(*) O general Joaquim Silva e Luna é diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional desde fevereiro de 2019.

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