Movimento de clientes em estabelecimentos do setor tem oscilado entre bons e maus momentos, especialmente na segunda metade de cada mês, dizem associados da entidade
O setor de gastronomia e entretenimento vem enfrentando grandes dificuldades que tiveram origem e se aprofundaram durante a pandemia da covid-19 e que demandam de tempo e de uma melhora da economia brasileira para serem superadas. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, ao comentar o sobe e desce no movimento de clientes, diagnosticado em um levantamento divulgado no final de semana, sobre as atividades da categoria em todo país.
O presidente da Abrabar destacou que a entidade vem acompanhando pesquisas e levantamentos de várias entidades, inclusive tem recebido demandas dos associados, pela queda de faturamento em função do baixo movimento. “Mas isto temos notado que sempre ocorre após o dia 15, até o dia 25 de cada mês, que está tendo uma queda brusca no movimento, quebrando aquela continuidade de clientes nos estabelecimentos”, ressaltou Aguayo.
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No final de semana a Agência Brasil divulgou um balanço da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Brasil (Abrasel) mostrando queda de 5% nas vendas do setor no mês de agosto. A queda no faturamento foi sinalizada por 83% dos entrevistados. “Não podemos culpar os feriados, ou falta deles, por isto. Está sendo um ano muito bom. Muitos empresários do setor têm de entender que após a pandemia, não tivemos uma regularidade, não atingimos a plenitude de antes”, disse Aguayo.
“Estamos sofrendo ainda o pós-pandemia”, ressaltou o presidente da Abrabar. De acordo com o levantamento, a muda nas vendas é creditada a 67% devido ao número de clientes. A crise também se agrava no setor devido as dívidas, que aumentaram 43% e os insumos tiveram alta de 61%, afetando principalmente as empresas que estão em início de atividade.
Análise
Para a Abrabar, é preciso entender o momento e cada fase pela qual passa o setor. “Temos meses que são bons e meses que são tristes e o poder aquisitivo do brasileiro reduziu, a inflação e vários outros fatores tem atrapalhado o consumo e o lazer do brasileiro”, analisou. De acordo com Aguayo, muitas cidades do Paraná, do país e grandes centros turísticos tem sofrido com a falta de clientela.
“Mas também tem momentos que são de abundância e isto que temos de aproveitar, fazer esta reserva, pagar o que temos lá atrás de impostos, dívidas e também conciliar com o que a gente arrecada hoje”, orientou o líder classista. Que completou: “É um momento delicado, mas acreditamos que vamos levantar. Já sofremos na pandemia e agora, tudo o que vier, precisamos acreditar com consciência e tranquilidade, que vai dar certo”.