Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 tem sido cada vez mais comum ouvir relatos de que, após a aplicação da vacina, ‘um conhecido’, ou ‘amigo’, teve reações, como dor de cabeça e até calafrios. E, em vários casos, é evocada a máxima dos ‘mais antigos’ de que essa reação é um bom sinal. Significa que a vacina ‘pegou’, então é melhor deixar as preocupações de lado e seguir a vida. Mas não é bem assim.
Além da dorzinha da picada, costumam ser poucas e leves as reações depois das vacinas contra a Covid. Alguma dor, um pouco de febre e moleza são reações comuns do corpo a elementos novos que vão estimular o sistema imunológico a combater o coronavírus. E quem já tomou vacina e teve alguma destas ou outras reações pode ajudar a Ciência a avançar mais um pouco no combate à Covid.
Para isso, basta contar aos fabricantes e às autoridades de Saúde sobre essas reações adversas. Esses dados são fundamentais para aperfeiçoar bulas e até o uso dos imunizantes e faz parte da chamada fase quatro das vacinas, a fase da chamada farmacovigilância.
A maioria das reações passa em um ou dois dias e está prevista na bula das vacinas.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo monitoramento, todas as vacinas que estão sendo aplicadas já passaram pelos testes de segurança e eficácia em pequenos e grandes grupos de voluntários. Agora, com a aplicação em massa, virá a contribuição para aperfeiçoar ainda mais o programa de imunização.
Foi a partir de investigações da farmacovigilância, por exemplo, que o Ministério da Saúde definiu que vacinas usar para grávidas com comorbidades e também a inclusão de reações como enjoo, sonolência e diarreia em bulas.
Os fabricantes têm obrigação legal e contratual com a farmacovigilância de relatar reações adversas. Eles oferecem espaço nos sites para que os vacinados relatem tudo o que acharem necessário. Serviços e profissionais de saúde também podem e devem contribuir. Além dos canais dos fabricantes e do Ministério da Saúde, a Anvisa recebe os relatos na plataforma VigiMed.
A farmacovigilância do Ministério da Saúde registra 46 mil de casos de Covid depois da primeira dose, número que despenca para 3.600 casos depois da segunda dose. Casos, que assim como as reações, devem continuar sendo relatados mesmo diante do alívio de cada injeção dessas.
Quem teve Covid depois da vacina também deve notificar, seja após receber a primeira ou a segunda dose.
Veja onde relatar reações às vacinas:
Ministério da Saúde
Anvisa
Instituto Butantan
Pfizer ( em Notificações de Eventos Adversos – Farmacovigilância)
AstraZeneca (Quero relatar um evento adverso)
As informações de Bem Paraná