Região Oeste inicia campanha para ‘salvar’ hospital municipal

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Os vereadores de Foz do Iguaçu, liderados pelo presidente da Câmara Municipal, Ney Patrício (PSD), vão colocar na pauta dos candidatos nas eleições de outubro a resolução dos problemas enfrentados, principalmente financeiros, pelo Hospital Municipal Padre Germano Lauck. “Iniciamos um movimento no extremo oeste para salvar o hospital municipal e buscar uma solução no governo estadual ou governo federal”, disse Ney Patrício.

Duas alternativas para o impasse são apontadas: a regionalização do hospital pelo Estado ou transformá-lo em um hospital universitário como escola prática para a formação dos estudantes do curso de medicina da Unila, do curso de enfermagem da Unioeste e até dos cursos de nutrição das faculdades particulares, informou GDia

“Já tivemos reuniões com os vereadores da região, um trabalho do vereador Edivaldo Alcantara PTB), e com o pessoal e gestores da saúde. Criamos um grupo que vai formatar até três alternativas para os governos federal ou estadual e suportar essa deficiência financeira”, disse Ney Patrício.

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Regional de fato

Nas contas da prefeitura, os custos do hospital, no pico da pandemia em setembro de 2021, chegaram a R$ 13,5 milhões mensais, dos quais 70% desse montante eram de recursos municipais. A unidade hospitalar tem o impacto dos brasileiros e paraguaios que moram na região de Ciudad del Este e usam o sistema público de saúde municipal. Os cartões SUS, por exemplo, chegam ao dobro dos 250 mil moradores de Foz do Iguaçu.

“Essa possibilidade de regionalização do hospital não é só da Câmara de Foz, mas dos 9 municípios que compõem a regional. A população de Foz pede socorro”, disse Edivaldo Alcântara.

Segundo Edivaldo Alcântara, o hospital já é regional porque atende as nove cidades – Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Serranópolis do Iguaçu, Itaipulândia, Missal e Ramilândia – e além disso, absorve toda a demanda dos brasileiros e paraguaios e dos turistas que visitam a região de fronteira. “É o único hospital de ponta, que atende integralmente pelo SUS, na região. Todas as grandes cidades do estado têm seu hospital regional para atender os moradores de cidades próximas”.

Altos custos

O impacto ao hospital municipal, aponta o vereador, pode chegar a um milhão de pessoas. “O hospital atende todas as unidades de saúde da região, além do Paraguai. Os casos de atendimento de média e alta complexidade vêm tudo para Foz”, disse Ney Patrício.

O hospital municipal acaba suportando os altos custos de tratamento e é socorrido pelo município. “Os recursos repassados pelo Governo do Estado são poucos. O mesmo ocorre em relação ao governo federal. O custo para o município fica entre R$ 13 milhões e R$ 14,5 milhões. Os repasses municipais, estaduais e federais (da cota SUS) chegam a R$ 10 milhões. Tudo isso acarreta um déficit mensal que ao longo do tempo tem acumulado, isto desde que o hospital foi fundado em 2011”, aponta o presidente da Câmara Municipal.

A dívida do hospital se acumulou nesse período de nove anos e se não tomar qualquer atitude, diz Ney Patrício, vai aumentar e perdurar ainda mais. “Isso não é admissível. O hospital atende todos os cidadão, não importa a nacionalidade, mas precisa ter o reconhecimento do governo federal que Foz é uma cidade diferenciada. Por exemplo, na cota SUS não temos um teto diferenciado por ser uma região de fronteira. Esta é uma das lutas e tem que integrar as propostas dos candidatos nestas eleições”, completa,

Foto: Roger Meireles

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