A próxima etapa da reforma administrativa anunciada pelo Governo do Paraná já deve chegar à Assembleia Legislativa no início do segundo semestre. Entretanto, a alegação de que a primeira fase traria economias reais não foi unanimidade e segue confrontada por muitos deputados. Para Requião Filho, por exemplo, o projeto chegou no início do ano e rápido demais, feito às pressas, acumulando uma série de equívocos, sem apresentar garantias.
“Se é que o existiu uma primeira etapa ou podemos chamá-la assim! O Governo alega que enxugou a máquina pública e melhorou a prestação de serviços. Mas como sabemos, o projeto veio cheio de problemas técnicos, estruturais e teve que ser revisto, refeito, retirado, devolvido, discutido inúmeras vezes. Trocamos seis por meia dúzia e ninguém, até agora, explicou como se chegará na economia divulgada”, observou.
Requião Filho acredita ser precoce debater uma nova fase, sem que a primeira tenha sido estabelecida e compreendida pela população de fato. Mesmo sem saber ao certo o teor do texto que virá, o parlamentar arrisca um palpite certeiro:
“Possivelmente virá recheada de surpresas desagradáveis, como a privatização das estatais, dos aeroportos, dos presídios e das rodovias paranaenses. Afinal o Governador segue viajando, ofertando o Estado aos empresários até no exterior, enquanto que a população está sem atendimento médico e sem emprego. Ele não entende qual é o papel de um Chefe do Executivo e vai terceirizando todas as suas responsabilidades. Quem paga o preço dessa falta de compromisso são os paranaenses. Mais uma vez o Paraná perde. Precisamos estar com os olhos bem abertos e defender o que é nosso por direito”, alertou.