O deputado Romanelli (PSB) ressaltou nesta segunda-feira, 22, a importância do engajamento de toda a sociedade no combate à violência contra a mulher e ao feminicídio.
“Combater a violência contra a mulher é uma questão absolutamente fundamental em Quatiguá, no Norte Pioneiro e em todo o estado. Nós temos uma mobilização estadual justamente para que possamos sair dessas estatísticas que envergonham a todos. O Paraná está em terceiro lugar nacional de violência contra a mulher”, disse Romanelli na abertura da mobilização ao Dia Nacional do Combate ao Feminicídio no Paraná.
No evento realizado em Quatiguá, no Norte Pioneiro, Romanelli afirmou que é preciso quebrar o ciclo de violência contra a mulher e denunciar as agressões.
“Em 2018, foram 4.254 mulheres assassinadas no país. No Paraná, foram 61 feminicídios, crime motivado pelo fato de a vítima ser mulher. É preciso conscientizar as mulheres que vivem relacionamentos abusivos, denunciar e punir os agressores, antes que seja tarde demais”, reiterou.
A prefeita Adelina Parmezan (PTB), anfitriã do evento, destacou a importância do envolvimento de toda população no combate da violência contra a mulher. “Precisamos acabar com o feminicídio na cidade e no Estado. Eu estou comprometida com essa causa e agradeço ao deputado Romanelli e a todos os envolvidos nesta luta”, disse.
“A OAB de Santo Antonio da Platina em parceria com prefeitura de Quatiguá promovem esse evento com o objetivo de auxiliar a família das vítimas do crime de feminicídio. Nós prestamos orientação jurídica e assistência e apoio necessário”, completou Adelita.
Mortalidade – Romanelli citou pesquisa do Ministério da Saúde que aponta que as mulheres expostas à violência física, sexual ou mental têm um risco de mortalidade que equivale a oito vezes o da população feminina em geral.
Segundo o estudo, que analisou cerca de 800 mil notificações de violência contra mulheres feitas por serviços de saúde e 16,5 mil mortes associadas a elas no período entre 2011 e 2016, as mulheres expostas à violência crônica, como a doméstica, adoecem muito mais,
As mulheres representaram 70% das 243.259 vítimas de violência que procuraram o SUS em 2016 para atendimento médico. A maioria das agressões (70%) ocorreu em casa. Em 28% dos casos, a violência era de repetição.
Integração – Romanelli defende a integração entre os órgãos públicos para prestar uma assistência adequada às mulheres vítimas de violência.“ A Assembleia criou a Procuradoria da Mulher, recém-instalada que está fazendo um trabalho de articulação com os municípios. É importante que no momento em que o sistema de saúde constata a violência doméstica, outros órgãos do Estado sejam notificados e mobilizados’, disse.
“A mulher precisa receber assistência social e psicológica, a própria polícia precisa ser avisada porque muitas vezes uma ronda policial próximo à casa do agressor já inibe a violência“, completou
Em Quatiguá, o dia de conscientização foi uma iniciativa da prefeitura, da Ordem dos Advogados do Brasil de Santo Antonio da Platina, Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, Senac e Assembleia Legislativa.