Por Gilmar Cardoso.
Pular a fogueira nas brasas de São João,
Pés descalços e com fé para não se queimar
Ao som de cai, cai balão
Para o folclore celebrar em arraiá
Faz parte das lembranças da infância e junina tradição
Pau de sebo, correio elegante, gritar prendas, paçoca, amendoim, pipoca,
Canjica, cuscuz, bolo de milho,
Pinhão, milho verde, danças de quadrilha e quentão.
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Noite fria de lua cheia
Ao som do fole do compadre sanfoneiro
Depois da reza do Terço lá na roça
Casamento caipira,
Aos pares dançando o forró no chão
Com chapéu de palha e camisa xadrez
Ergue-se a oração aos céus pelos três:
Santo Antonio, o milagroso e casamenteiro;
São Pedro o zeloso do céu o porteiro
E São João, o santo popular com a dança da fita.
O Mês de junho é tempo de festa e de alegria,
Os santos festeiros enchem-nos o coração de magia.
Viva Santo Antonio, São Pedro e São João,
Os três festivos Santos da ciranda.
E como homenagem reproduzo os versos
Da superlativa Carmen Miranda:
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isto é lá com Santo Antônio!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso
Minha gente, eu sou chaveiro
Nunca fui casamenteiro!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!
(*) Gilmar Cardoso, é advogado, poeta, da Academia Mourãoense de Letras, membro do Centro de Letras do Paraná, da Academia de Cultura de Curitiba, da Academia Brasileira Rotária de Letras – Abrol/Pr e vice-presidente da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil.
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