Pico do volume de água impressionou pelas imagens nas quedas no Parque Nacional, na fronteira do Brasil com a Argentina
O grande volume de águas da última semana, com a vazão histórica das Cataratas do Iguaçu acima de 16,5 milhões de litros de água por segundo, foi notado até no espaço. O sistema Copernicus, consórcio ambiental e climático da União Europeia, registrou o recorde ocorrido no atrativo dentro do Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira do Brasil com a Argentina, em Foz do Iguaçu.
O volume de água impressionou e encantou milhares de turistas que foram até as Cataratas do Iguaçu. A imagem foi captada pelo satélite Sentinel-2 do Sistema Copernicus no último dia 17 de outubro, informa a METSUL Meteorologia, responsável pela divulgação da foto produzida a partir do espaço. A enorme vazão decorreu das constantes chuvas ocorridas em parte do Paraná, ao longo da bacia do rio Iguaçu.
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Os acumulados em alguns municípios da bacia, em poucos dias, atingiram marcas de 200 mm a 300 mm com inundações e enchentes. A vazão nas Cataratas ultrapassou 16,5 milhões de litros por segundo na última quinta-feira, 12 vezes acima da vazão média, que é de 1,5 milhão de litros de água por segundo.
O grande volume de águas foi o segundo maior registrado desde 1997, quando a Companhia Paranaense de Energia (Copel) começou as medições. A taxa foi registrada às 6h da manhã da quinta-feira (13 de outubro). O maior volume já anotado pela Copel foi registrado em 2014, com mais de 47 milhões de litros por segundo. Já a menor ocorreu em maio de 1978, com 114 mil litros de água por segundo.
Panorama
As medições antes de 1997, quando a Copel deu início a sua série histórica, eram feitas por outros órgãos com dados existentes desde 1949. O Parque Nacional do Iguaçu cataloga 275 saltos, o que confere às Cataratas o título de maior conjunto de quedas d’água do mundo.
Pelo menos 80% das cachoeiras estão no lado argentino do parque, e os 20% restantes estão no lado brasileiro. O parque do Iguaçu chegou a interditar, durante o pico da vazão, as passarelas de contemplação da Garganta do Diabo, a maior queda do conjunto, como medida de segurança.
O passeio voltou a ser liberado sábado (15) apenas no lado brasileiro, cuja visitação está funcionando 100%. No lado argentino, a força das águas levou as estruturas de 55 dos 99 trechos existentes. No momento estão sendo realizadas obras de recomposição da estrutura.
Com informações de GDia