Sergio Moro diz que mortes de palestinos são danos colaterais dos ataques a alvos militares

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O senador Sergio Moro (União Brasil) disse nesta sexta-feira (20) em Foz do Iguaçu, que a morte de cidadãos palestinos na resposta de Israel aos atentados praticados pelo grupo terrorista Hamas no início do mês, são danos colaterais dos ataques a alvos militares. “A gente não pode confundir o Hamas com o povo palestino. Aliás, a representação política do povo palestino, é a Autoridade Palestina que está na Cisjordânia. Cada morte de civil na Faixa de Gaza tem que ser lamentada, agora, veja, normalmente isto é resultado de danos colaterais de ataques a alvos militares”.

“Pelo menos é isso que se vê”, destacou Moro ao participar do Contraponto da Rádio Cultura, informa o GDia. No caso dos ataques terroristas que teve em Israel, segundo o senador, eles foram direcionados a população civil, diretamente. “Então, tem que separar uma coisa e outra coisa, por isto que é importante sempre trabalhar com estas premissas, os palestinos tem direito ao seu estado e a população civil tem que ser protegida, isto é inegável”.

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O grupo Hamas, que atacou a população Israel no último dia 7 de outubro, não se confunde com a população palestina, “nem com a comunidade árabe em geral, que é pacífica. Temos uma comunidade extremamente relevante no Brasil, inclusive aqui na região de Foz, que a gente tem o mais absoluto respeito e que vivemos com ela num todo, como se fosse a italiana, japonesa… não tem diferença. Somos todos brasileiros e vivemos em paz. Agora, atentado terrorista, os terroristas tem que ser responsabilizados”.

Sobre as tentativas do governo federal, em especial do presidente Lula (PT), de buscar a diplomacia para garantir um cordão humanitário para a saída de civis da região de conflito, Moro disse que o Brasil não é um player (jogador) importante da região e que deve ser tratado por Estados Unidos, Líbano, Israel entre outros países do Oriente Médio. “Esse é um tema muito polêmico e as vezes as pessoas se apaixonam, mas temos que partir de algumas premissas”.

“Todos queremos a paz. Particularmente entendo que aquela ideia de dois estados, palestino e Israel, é melhor. Infelizmente esta solução não tem sido viabilizada, as vezes pelo jogo político envolvendo os dois países. Agora tivemos um ataque terroristas com cenas que chocaram o mundo. O Brasil, e as vezes as pessoas, não me interpretam bem, não é um player relevante no Oriente Médio para poder se meter nestes problemas com o poder de fazer a grande diferença”, disse.

O Brasil está na presidência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), rotativa de um mês. Na avaliação dele, o Itamaraty emitiu notas tímidas condenando o ataque dos Hamas, o que acaba gerando interpretação dúbia, o que acaba colocando o país visto como um aliado de ter feito coisas erradas. “Tem que ter clareza e se posicionar contra estas coisas erradas”, disse.

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