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Trabalhadores e lojistas se manifestam contra a violência e a insegurança em Ciudad del Este

Participante do ato reivindicaram aos juízes, procuradores e forças de segurança pública do país, leis mais rígidas para conter a criminalidade no município
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Foto: Gentileza Municipalidad CDE

O final e início da semana ficaram marcados por mobilizações de moradores, trabalhadores e lojistas de Ciudad del Este, no lado paraguaio da tríplice fronteira.

O sábado (02) o alvo foram os falsos guias que abordam, na maioria dos casos, turistas que visitam Foz do Iguaçu e aproveitam o período de férias para cruzar a fronteira e comprar.

Nesta segunda-feira (04), cobraram também aos juízes, procuradores e forças de segurança por leis mais rígidas contra a criminalidade.

As mobilizações foram provocadas pelo prefeito Miguel Prieto que usou as redes sociais chamando comerciantes e moradores em defesa dos “comunistas”, principal patrimônio de Ciudad del Este, disse.

O alvo era as pessoas que se passam por guias de compras para agredir e enganar turistas. Logo após à aduana, faixa em português e espanhol, trazia um alerta: “Você pode ser assaltado, não siga informações de “guias de compras”.

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Alguns empresários não concordaram. “Vieram colocar uma placa como se fôssemos bandidos. Num sábado, onde há muitos turistas chegando. O município não tem esse direito. Falamos para eles pararem de tapar a porta para que as pessoas pudessem entrar”, disse o lojista Montserrat Toledo ao Ultima Hora. O vereador Sebastian Martínez disse que denunciar é a forma do município enfrentar a situação.

“A cidade inteira quer trabalhar e não pode porque os turistas não aparecem mais. O que podemos fazer como município?”, indagou Martínez. “A única coisa que podemos fazer é denunciar para que isso seja conhecido, para que parem de atacar”. O prefeito Miguel Prieto disse que os falsos guias, “piranhas”, têm que estar na cadeia, “Há um bando de ladrões aqui. Queremos salvar os turistas. É isso que queremos e não vamos parar”.

Para Armando Nagib, da Câmara de Comércio de Ciudad del Este, o turista de compras é o maior patrimônio e precisa ser protegido. “A violência e a insegurança não tem partido político, muito menos ideologia política. Todos nós temos que combater. É um dever como cidadão”, comentou.

Mais segurança

Ainda no sábado, Miguel Prieto fez nova convocação para a manhã de ontem e adiantou que toda a prefeitura estaria fechada. Desde as primeiras horas, trabalhadores e membros de diversos sindicatos aderiram à manifestação contra a violência e a insegurança.

Trabalhadores e lojistas se manifestam contra a violência e a insegurança em Ciudad del Este
Foto: Gentileza Municipalidad CDE

Nos cartazes, a reivindicação era aos juízes, procuradores e forças de segurança, ante as leis que permitem a libertação dos criminosos, criando uma sensação de iminência de assalto a qualquer momento na via pública.

“A síndrome da violência e da insegurança atinge todos os setores, cujo agravamento é alimentado pela onda de agressões violentas e pelos recentes assaltos sem precedentes em detrimento da Associação de Câmbios, em pleno eixo de influência da primeira esquadra”, afirmou a prefeitura em nota à imprensa, sobre o roubo que incluiu a escavação de um túnel sob a via que liga a Ponte da Amizade ao centro da cidade.

Outro caso de grande comoção social foi a agressão e morte violenta de um jovem empresário do bairro San Isidro, que provocou revolta e indignação.

Os manifestantes começaram a concentração em frente a sede da Prefeitura. Do local, eles seguiram em caminhada pela Avenida Bernardino Caballero até a regional da Polícia Nacional e para uma das sedes do Poder Judiciário.

Mobilização

Participaram do ato trabalhadores de diversos shopping centers, taxistas com todas as suas frotas, trabalhadores do sindicato dos Transportes Alternativos, pais, professores e alunos do Centro Educacional Municipal, deputados, vereadores municipais e departamentais e deputados nacionais Guillermo Rodríguez e Walter García e o senador Rubén Velázquez.

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