Washington, 21 de janeiro de 2025. O dia amanheceu frio, mas o clima estava quente – fervendo, na verdade – enquanto Donald Trump, recém-empossado, ressurge como o protagonista de um filme que já vimos antes. Com um discurso inflamado e uma agenda que mistura protecionismo econômico, cruzadas culturais e execuções políticas dignas de reality show, o magnata colocou o país – e o mundo – em alerta.
Logo de cara, ele disparou: “A partir de agora, a decadência americana acabou!” Ironia fina para alguém que começou o mandato assinando ordens executivas tão polarizadoras que até o papel onde foram impressas tremia. Cidadania por nascimento? Cortada. O muro com o México? Reiniciado. Energia limpa? Arquivada junto com os planos de Biden. O clima da cerimônia era de um remake de 2017, só que com mais bilionários na plateia e menos noção no roteiro.
Os Gestos e a Gala de Melania
Enquanto Trump anunciava uma nova “revolução do bom senso”, sua esposa, Melania, chamava atenção com um vestido dourado – um metálico tão intenso que muitos o confundiram com um espelho, permitindo a todos verem suas próprias caras de perplexidade. Não é à toa que Melania parecia brilhante; talvez estivesse refletindo o brilho das joias de apoio de Elon Musk, que, sorridente, distribuía acenos ao público e aplaudia como se estivesse num show de stand-up. Falando em Musk, o CEO da Tesla e SpaceX não decepcionou, reforçando seu apoio financeiro à nova era Trump, algo na casa dos US$ 250 milhões. Literalmente, investir para ver.
Ah, mas não foram só os brilhos e bilionários que marcaram presença. Michelle e Eduardo Bolsonaro – sim, eles mesmos – estavam na plateia externa, acenando para câmeras e posando como convidados de honra não oficial. Eduardo, de chapéu texano, parecia pronto para assumir o papel de “diplomata cowboy”, enquanto Michelle fazia selfies que rapidamente viralizaram. A hashtag? #TrumpMyFriend.
Gestos Inusitados e Códigos Secretos
O detalhe mais intrigante da cerimônia, porém, foi a onda de gestos suspeitos – um braço levantado aqui, um aceno mais duro acolá – que alguns interpretaram como gestos nazistas disfarçados. Claro, os assessores de Trump negaram veementemente, afirmando que era tudo “uma coincidência”. Mas as fotos espalharam-se como fogo no Twitter. Afinal, no universo Trump, não há coincidências, apenas estratégias para manter todos falando.
Uma Questão Não Resolvida: O Paraná Clube
Entre tantas promessas grandiosas – uma reforma comercial que promete “matar de raiva” Canadá e México, sanções contra a China e até mesmo uma política de energia que ignora o meio ambiente – ficou uma lacuna imperdoável: a compra da SAF do Paraná Clube. Pois é, o presidente que prometeu “tornar a América grande novamente” não conseguiu nem mesmo salvar o clube que, até segunda ordem, continua penando na Série D.
Trump pode até ter dito que estamos “em uma nova era de ouro”, mas não foi dessa vez que o ouro foi parar no cofre dos paranistas. Talvez no próximo mandato. Ou não.