A atividade integrou a campanha de valorização das Unidades de Conservação nacional e contou com a presença do chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Ivan Batiston que conduziu o grupo em caminhada na trilha
Por Assessoria
Além de apoiar incondicionalmente a edição 2019 da campanha Um Dia no Parque, iniciativa voltada para a promoção, conhecimento e valorização das Unidades de Conservação do Brasil, a empresa Macuco Ecoaventura, que vem operando passeios ecológicos na região de Capanema, realizou na manhã deste domingo (21) uma caminhada em trilha dentro do Parque Nacional do Iguaçu (PNI).
A ação, provocada pelo chefe do PNI, Ivan Batiston, colocou no interior da selva um grupo de alunos do Instituto Federal do Paraná (IF), campus Capanema. A caminhada de aproximadamente quatro quilômetros levou os exploradores até o salto Silva Jardim, uma das maiores cachoeiras daquela área, em volume de água.
Falando sobre a campanha, que em 2018 contou com a participação de 65 Unidades de Conservação do Brasil, Ivan afirmou que este foi o desejo de todos os envolvidos, desde sempre.
“Essa é a outra forma que buscamos de trabalho de relacionamento do Parque, com a sociedade. A própria escolha de vir para Capanema foi minha. Fiz questão de vir para Capanema e interagir com as escolas. Estão vindo novas gerações, está aí uma geração que precisa entender, e mais que entender e conhecer, criar pertencimento de um patrimônio que é o Parque Nacional do Iguaçu”, explicou.
Área de interesse comum também da bicharada que vive na selva
Engenheiro florestal com larga experiência na área ambiental, e um apaixonado pelo PNI que, conforme relatou aos alunos do IF, visitou pela primeira vez aos 10 anos de idade, em companhia de seus pais, Batiston impressionou o grupo pelo vasto conhecimento e pela riqueza de informações fornecidas ao longo da trilha.
“O Parque é um grande legado, não só pelas cataratas, uma das mais lindas do mundo. Os maiores valores do Parque Nacional do Iguaçu são essa natureza selvagem, a biodiversidade, essa expressão de vida que só se encontra aqui. O parque abriga espécies que, sem ele, não existiram mais”, destacou Ivan ao concluir para os alunos a história sobre a criação da unidade, em janeiro de 1939.
Preocupado com a preservação de todas as formas de vida existentes dentro do parque, e ao mesmo tempo empenhado em levar a sociedade a conhecer, entender e preservar esses espaços, Batiston explicou que a ideia é fazer das unidades de conservação do país áreas de interesse comum. “Que se tornem efetivamente áreas de interesse comum, mas não apenas do homem, mas também da bicharada que vive na selva”, enfatizou.
Voltado para a nova geração, que acredita ser capaz de ampliar o discurso da necessária preservação, o chefe do parque explicou: “o que buscamos, é isto: que possamos visitar os parques, usufruir, caminhar, tomar banho de rio, apreciar a natureza, mas nunca, em hipótese alguma, derrubar essa floresta, tirar uma vida de dentro dela”.
Agentes difusores
Enriquecedora. Esta foi a definição da maioria dos integrantes do grupo de alunos do Instituto Federal do Paraná. Alguns, pisando pela primeira vez dentro do parque , outros, vindos de um contato superficial, e sem informação sobre o tesouro que guarda a reserva que ali está, desde muito antes de virem ao mundo.
Aluno do curso Técnico em Cooperativismo, do IF, Eduardo Smaniotto Klein, aprovou a experiência proposta pela campanha Um dia no Parque. “Isto nos aproximou bastante de uma noção de que não se trata apenas de uma mata virgem, da noção de preservação de um bem que a humanidade tem e, muitas vezes, desconhece. Muitas pessoas que vivem por aqui, na região lindeira, não têm ideia da riqueza que existe lá”.
Já o colega Gustavo Martins celebrou a oportunidade de uma incursão na floresta em companha de dois especialistas. “Eu faço cooperativismo e tivemos projetos que trabalhavam com cuidados e meio ambiente. Além disso, o meu projeto de TCC é relacionado à gestão ambiental das cooperativas no município. Foi muito enriquecedora essa atividade. Além de tirar várias dúvidas, o chefe do parque e a bióloga nos trouxeram muitas informações sobre questões que a gente não conhecia”.
Aposta na nova geração
Grande entusiasta da campanha Um dia no Parque, a bióloga do grupo Macuco Safari, Layanna Cigiotto, avaliou os aspectos positivos em se trabalhar com os jovens. “Essa
geração está explorando a vida, tendo a oportunidade de adquirir conhecimentos que as gerações anteriores não tiveram. Hoje eles estão ouvindo falar e desenvolvendo consciência ambiental. Eles estão conseguindo entender a importância de uma unidade de conservação cujo objetivo é proteger um patrimônio, no nosso caso, esses 185 mil hectares do lado brasileiro”.