Veto a gratuidade de bagagem traz boa perspectiva de novos voos no aeroporto de Foz do Iguaçu

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Companhia área de baixo custo, que inicia em julho operações em Puerto Iguazú, tem interesse em operar voos em Foz do Iguaçu

O veto do presidente Jair Bolsonaro, a gratuidade de bagagem em voos domésticos prevista na Medida Provisória 863/18 aprovada pela Câmara e Senado, animou o trade turístico de Foz do Iguaçu. A liberação para transporte de bagagens até 23 quilos, era visto com temor pelas companhias aéreas de baixo custo, as low cost.

O texto com ajuste, divulgado na segunda-feira (17), autoriza a participação de até 100% de capital estrangeiros em empresas do setor com sede no país. As informações são de Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.

A medida, na avaliação do vice-presidente da Associação Brasileiras das Agências de Viagens do Paraná (Abav-PR), Felipe Gonzalez, será muito boa para todo o Brasil.

Foz do Iguaçu, como destino turístico, irá sentir de “imediato”, um impacto positivo. “Tem que considerar que somos trinacional onde três aeroportos servem a região”, analisou.

Na avaliação de Gonzalez (foto acima), os incentivos as companhias aéreas é a “solução” para destinos como o nosso.

“Destinos que ainda não estão caracterizados operacionalmente como ‘hub’ (qu recebe muitos voos). As companhias Low Cost auxiliam grandemente para reduzir o preço do bilhete aéreo para o destino”, afirma o agente de viagem.

“Também estimula a concorrência como foi o caso da Web Jet, que em 2008/2009, operou com seis voos diretos desde os principais aeroportos, estimulando a concorrência e ampliando o número de voos para o destino”, lembrou.

De acordo com Gonzalez, a liberação do capital estrangeiro para companhia aérea em solo brasileiro, também será benéfica para o setor. “Isso estimulará investimentos e capacitará as companhias brasileiras e o mercado poderá ser mais competitivo”, completou.

Incentivo
O diretor de Promoção, Marketing e Eventos do Turismo da Secretaria de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Washington Sena, também afirma que as medidas adotadas pelo governo federal irão impactar positivamente no setor do turismo em Foz do Iguaçu.

“Isso porque já temos negociações em andamento e, se mantivesse a gratuidade, as low costs perderiam o interesse”, disse.

Sena informou que o secretário Gilmar Piolla esteve no Chile esta semana, negociando com as companhias aéreas Latam e JetSmart. A segunda atua no segmento de baixo custo e anunciou para julho operações de voos de Puerto Iguazú até Buenos Aires e Salta, na Argentina, com tarifas a partir de R$ 50,00.

“A JetSmart tem interesse em montar uma operação em Foz do Iguaçu. Se não caísse a gratuidade das bagagens, poderia perder o interesse”, completou.

Procedimento
O veto de Bolsonaro à volta do despacho gratuito de bagagens nas aeronaves gerou controvérsia durante o debate no Congresso Nacional. Pela regra vetada, a gratuidade valeria para bagagem de até 23 quilos em aviões com capacidade acima de 31 lugares, nos voos domésticos.

Com o veto, as empresas aéreas poderão voltar a cobrar pelas bagagens despachadas, ficando os passageiros isentos apenas de bagagens de mão até 10 quilos. O Congresso Nacional, em sessão conjunta de Câmara e Senado, poderá manter ou derrubar o veto presidencial quando vier a analisá-lo. Ainda não há previsão de quando essa matéria será votada.

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