Na pandemia, naturalista troca excursões por levantamento biológico

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André August Remi de Meijer é um naturalista de nossos tempos. Profundo conhecedor da fauna e da flora do litoral paranaense, é autor e coautor de artigos e livros sobre macrofungos do Paraná

André de Meijer escreve as conhecidas Cartas da Mata Atlântica, que o Correio do Litoral tem reproduzido com sua autorização. Adepto de uma vida alternativa, Meijer sempre viveu de trabalhos esporádicos, inclusive como guia naturalista para excursões na Mata Atlântica.

Diante da pandemia, sua atual fonte de renda são os levantamentos biológicos rápidos (LBRs) que faz em imóveis de todas as dimensões: jardim, bosque, condomínio, chácara, área de camping ou pousada. O trabalho consiste em verificar o local, pesquisar e anotar tudo o que encontra. Em seguida, é feito um relatório com os resultados (plantas, cogumelos, aves e borboletas) e recomendações de como proceder diante do que foi encontrado. Todo o processo é feito obedecendo as regras de distanciamento.

André August Remi de Meijer

O naturalista tem sido contratado para alguns LBRs na Região Metropolitana mas não para o Litoral, onde conhece como ninguém. A vontade dele em pode trabalhar na região está ainda maior agora. “No litoral do Paraná começou a estação das borboletas nectívoras, que ocorre paralelamente à florada do assa-peixe (Vernonanthura beyrichii), cujas flores as borboletas adoram. Creio que estas borboletas, que para se alimentar têm de se expor ao sol, considerem as temperaturas do outono litorânea mais suportáveis que aquelas do verão”, conta André. “Para mim seria muito importante ser chamado para fazer LBRs também no litoral, principalmente agora, no mês das borboletas!”

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